No dia em que Luis Angel Maté mostrou que tem uma ligação especial à cidade da Guarda, onde triunfou pelo segundo ano consecutivo numa etapa da Volta, mais duas notas importantes nesta quarta tirada da Grandíssima:

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Primeira: o desfalecimento de Maurício Moreira em plena etapa, numa altura em que passava mal durante uma subida, já no último terço do percurso, levando à condição de ‘horribilis’ Sabgal-Anicolor a edição de 2024 da Volta a Portugal.

Depois do uruguaio ter mostrado debilidades logo na etapa com chegada ao Observatório de Vila Nova (1.ª etapa, após o prólogo), perdendo mais de um minuto para o vencedor Colin Stussi, e de ter confirmado a fraqueza com que se apresentou a esta corrida na segunda etapa montanhosa, logo nos primeiros quilómetros da subida à Torre, este domingo a condição física/estado de saúde chegou ao ponto de fazê-lo desmaiar, depois de o corredor ter parado junto à berma da estrada.

O vencedor da Volta em 2022 teve de ser hospitalizado, mas encontra-se bem, segundo informou a sua equipa, cujo elementos mais bem classificado à geral, o russo Artem Nych, ocupa modesta 20.ª posição, a 3.53 minutos do camisola amarela Afonso Eulálio.

Segunda nota, precisamente para este jovem corredor português, líder da prova, e com posição reforçada após esta quarta etapa, na qual ganhou dois segundos a Colin Stussi, e mais alguns a todos os demais adversários, chegando ao dia de descanso em surpreendente destaque.

Eulálio começa até a ter trejeitos de campeão… Durante a subida de 2.ª categoria de Famalicão da Serra – aquele onde Mauricio Moreira desmaiou -, o corredor da ABTF-Feirense não se coibiu de ocupar uma posição recuada no pelotão, causando alguma estranheza, mas ao mesmo tempo transmitindo uma imagem de descontração. Precisamente que o seu diretor desportivo Joaquim Andrade falava na véspera, após a vitória espantosa do seu pupilo na Torre, afirmando que só faltaria ao ciclista de 22 anos descontração para atingir patamar ainda mais elevados, mas que, na sua opinião, o recente triunfo no Alto de Montejunto, numa etapa do GP Joaquim Agostinho, já teria ajudado.

Outro trejeito de qualidade fora de série, este mais óbvio e que já reflete esse ganho de descontração: os dois ataques aos seus rivais, na primeira passagem pela meta na Guarda, e depois na segunda e decisiva, que lhe permitiu ganhar-lhes tempo.

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Créditos da imagem: Volta a Portugal Twitter –   https://www.facebook.com/photo.php?fbid=871514435011636&set=pb.100064592623196.-2207520000&type=3&locale=pt_PT       

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