Dos confins do inferno à glória na Volta a Portugal, eis a fantástica e não menos surpreendente carreira ascensional da Sabgal-Anicolor na edição 85 da Volta a Portugal. Numa palavra: que golpe de teatro! Mas inteiramente merecido pela equipa portuguesa. E para Artem Nych, sem sombra de dúvida o seu melhor corredor e um dos melhores em Portugal, senão o melhor, como afirmou, sem complexos, o seu diretor desportivo Ruben Pereira após o contrarrelógio que consagrou o russo este domingo em Viseu.

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Sobre o resultado do crono, nada a dizer. Nych arrasou quase a concorrência direta (o seu companheiro de equipa Julius Johansen, um especialista, foi apenas 3 segundos mais lento, mas não contava… para as contas da geral), à exceção de Colin Stussi, que, de facto, não surgisse a reviravolta na Volta – uma revolução não etapa da Sra. da Graça, que tantas vezes, noutras Voltas, não fez diferenças relevantes -, era principal candidato.

Ou seja, se Afonso Eulálio, que se apontava até àquela etapa 9, que terminou no alto do Monte Farinha, como corredor para levar a amarela até ao contrarrelógio, a perderia, como prova o modesto resultado que o jovem trepador do Feirense no exercício contra o tempo na cidade viseense: apenas 67.º, a 4.07 de Artem Nych.

Mas voltemos ao momento crucial desta Volta: a revolucionária etapa de sábado, para a mítica Sra. da Graça: como se explica o sucesso da Sabgal e de Artem Nych? Como é que a ABTF-Feirense e a Vorarlberg deixaram sair em fuga o russo e o seu gregário de luxo de montanha, Frederico Figueiredo, e num grupo tão numeroso?

Resposta: falta de pernas. Não apenas para perseguir, mas para anular, à nascença, essa iniciativa tão ameaçadora. Falta de capacidade coletiva dessas equipas.

Em contraponto, a capacidade (enorme) exibida por Artem Nych na segunda metade da Volta, tal como a previsível subida de rendimento de Figueiredo, com o acumular do ritmo de competição, após paragem por lesão. Não esquecer que Frederico disputou até ao último dia uma volta (2022), que ofereceu ao companheiro de equipa Mauricio Moreira, a grande desilusão desta edição, apesar dos problemas de saúde.

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Parabéns, Sabgal-Anicolor e Artem Nych, por esta vitória! E esta Volta, que espetáculo de corrida. E Afonso Eulálio (tal como Colin Stussi) também para isso muito contribuíram.


Crédito das imagens: Volta a Portugal Facebook

 

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