João Almeida ocupa o quarto lugar do Tour na estreia. Importante no apoio ao líder da sua equipa, a UAE Emirates, Tadej Pogacar, o português abordou os acontecimentos mais significativos nas primeiras semanas da Volta a França e do que espera da última e decisiva, em entrevista ao jornal espanhol Marca, citada pelo jornal O Jogo.

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“Estou um pouco longe do pódio, então acho que será muito difícil se tudo correr normalmente, mas também não é o nosso objetivo. O objetivo é vencer o Tour com Pogacar e defender estes dias até Nice. Se der certo e eu conseguir subir de posição, ótimo, mas estou um pouco longe. As minhas sensações não são as melhores para lutar por um pódio”, afirmou Almeida.

Na memória da primeira terça parte do Tour está ainda um episódio com o espanhol Juan Ayuso, em que João Almeida se mostrou desagradado com a falta de colaboração do companheiro da UAE Emirates na estratégia da equipa.

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“É uma coisa normal. Estamos lá a trabalhar para o Tadej, que é o objetivo. Tínhamos um plano e no final tivemos de fazer o plano de forma diferente porque não correu como planeado. Mas isso pode acontecer na corrida. Estamos lá a lutar e são coisas normais. No final tudo estava bem”, assegurou, falando depois de uma conversa.

“Sim. Fazemos sempre um briefing após a corrida para ver como correu. O mais importante é comunicar, conversar, conversar sobre as coisas. É assim que as coisas são resolvidas”, rematou sobre o tema.

Sobre o trabalho desenvolvido ao serviço do esloveno, refere: “Para mim é muito especial, porque ele é um dos ciclistas mais importantes da história. Fazer parte disso é especial. Tenho uma boa sensação quando faço esse trabalho. Ele lembra-se sempre de mim e isso é muito bom. Estou contente.”

Almeida é já conhecido no pelotão pela forma como resiste nas etapas mais duras, mesmo quando descola do grupo de favoritos, como aconteceu no passado domingo.  “Sempre fui assim desde sempre e é uma das coisas que me define. No final das contas, é uma questão psicológica. Considero-me psicologicamente forte, resistente e acho que essa é uma das minhas vantagens”, observou.

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Depois do Tour, Almeida estará na Vuelta. “Yates e eu seremos os líderes da equipa. O plano é irmos nós os dois. Temos de recuperar bem do Tour, mas acho que chegarei bem e tentarei lutar pela corrida”, disse.

Para concluir sobre futuras ambições. “Aspirar a vencer o Tour com Tadej na corrida é quase impossível. Posso melhorar muito, há muitas coisas que ainda posso melhorar, mas acredito que estar no nível que eles estão agora não se consegue da noite para o dia. Quem sabe se num ano faz Giro e Vuelta e eu vou para o Tour, mas ainda temos Vingegaard e Remco que são bastante fortes. Não é simples”, afirmou João Almeida.


Créditos da imagem: UAE Team Emirates Twitter – https://x.com/TeamEmiratesUAE/status/1812241113333309522/photo/3

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