Biniam Girmay (Intermarché-Wanty) é o primeiro eritreu a vencer uma etapa na Volta a França e Richard Carapaz (EF Education-EasyPost) é único equatoriano a vestir a camisola amarela no Tour. Isto é o que ficou da enfadonha etapa mais longa da edição 111 da prova gaulesa, se excetuarmos as sempre lamentáveis quedas, incluindo a do principal candidato à vitória no terceiro dia de competição, o belga Jasper Philipsen (Alpecin-Deceunick), que o afastou da discussão do sprint final.

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Se a consagração do corredor africano é a confirmação do seu talento – ainda que também uma oportunidade bem aproveitada pelo referido afastamento do vencedor de quatro etapas em 2023 -, ele que já se tinha estreado em vitórias em grandes Voltas no Giro de 2022 e de conquistado a clássica belga Gent-Welvegem no mesmo ano, a ascensão à liderança do Tour de Carapaz foi fruto de conjugação de fatores.

O líder da EF Education lutou pela amarela e enfrentou – como o próprio declarou após a etapa – o risco de quedas que os outros três do quarteto que comanda, em igualdade total de tempo, a classificação geral após três tiradas, para concretizar o «sonho», e beneficiou do desapego ocasional destes rivais diretos em relação à amarela. Motivo: a véspera de uma importante etapa de montanha, a primeira deste Tour.

Tadej Pogacar, que envergava aquele símbolo, livrou-se dele voluntariamente. Quererá ter a equipa liberta de responsabilidade de controlo de corrida para engendrar a melhor estratégia para atacar Jonas Vingegaard no Col du Galibier.

Em contraponto, o dinamarquês pretenderá manter-se à defesa, na expectativa do golpe do esloveno nessa etapa, e condicionar os seus companheiros e exigir-lhes trabalhos redobrados não ajudaria em nada a essa pretensão.

O mesmo se aplica a Remco Evenepoel e à sua Soudal Quick-Step, a formação menos apetrechada das três (com UAE Emirates e Visma Lease a Bike) para controlar a corrida e proteger o líder na alta montanha.

De Carapaz, a amarela é um extra, e servir-lhe-á de motivação para defendê-la. Não será nada fácil, convenhamos. E Primoz Roglic, pode ser que a ‘nova’ Red Bull lhe dê asas, porque bem vai precisar. De qualquer forma, não se espere do esloveno mais velho que mexa na corrida. Apesar dos 21 segundos que perdeu em San Luca, e de mais tempo que vier a acumular de atraso para os adversários, o cerebral Rogla vai esperar pacientemente pela última semana.

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Já estamos ansiosos pelo Galibier…


Créditos da imagem: Maillot Jeune LCL Twitter – https://x.com/MaillotjauneLCL/status/1807842206872420626/photo/1

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