A nona etapa da 111ª edição da Volta a França trouxe o espirito das clássicas da primavera e o ‘Sterrato’ à competição, num dia cheio de avanços e recuos que, no final, culminaram na vitória de Anthony Turgis (Total Energies) a partir da fuga.

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A “Clássica” inserida nesta edição da Volta a França trouxe consigo animação desde o primeiro quilómetro. A primeira iniciativa partiu de um grupo de cinco corredores, mas sem perigo para a classificação geral.

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Com todos os olhares postos em Mathieu Van der Poel (Alpecin-Deceunick), o campeão do mundo correu de forma conservadora, aproveitando alguns cortes causados pelo vento mas que na fase inicial não fizeram diferenças significativas na situação de corrida.

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O primeiro dos setores foi encabeçado pela Red Bull Bora Hansgrohe no pelotão, num trabalho coletivo claro e preciso na proteção do seu líder, Primoz Roglic. Para a vitória da etapa tínhamos Ben Healy (EF Education Easy post) e Tom Pidcock (Ineos Grenadiers) a fazer a ponte para o grupo que seguia em vantagem na etapa.

A corrida parte-se completamente e ficam vários grupos separados por poucos segundos. No segundo setor de gravilha podemos ver as dificuldades reais do terreno, principalmente na parte traseira do pelotão, com muitos ciclistas a ter de desmontar e a subir à mão…

E aqui foi o primeiro aviso pois, Primoz Roglic, Juan Ayuso (UAE Emirates) e Wout Van Aert (Visma Lease-a-Bike) ficam num segundo pelotão a 30 segundos do grupo do camisola amarela.

A 111 kms do fim o grupo de Roglic consegue reagrupar na grupo principal e, pouco depois, a “sorte” saiu a Jonas Vingegaard (Visma Lease-a-Bike) que furou na roda de trás e teve de ficar com a bicicleta do seu colega de equipa Jan Tratnik. Vingegaard fez o restante da etapa com esta bicicleta…

A Emirates controla na frente e Tadej Pogacar (UAE Emirates) faz o seu primeiro ataque numa descida técnica e apertada, imediatamente a seguir à gravilha. O coletivo da Visma Lease-a-Bike, da Ineos-Grenadiers e o próprio Remco Evenepoel (Soudal QuickStep) tratam de fechar o espaço.

O que não se esperava, era o ataque “surpresa” de Remco Evenepoel, numa zona acidentada e de pendentes elevadas. O ataque deu origem a resposta de Pogacar e de Vingegaard e deu para alcançarem a fuga num curto de espaço de tempo. Contudo, e dada a fraca colaboração de Jonas, os três aguardam pelo pelotão…

Pogacar guardou ainda alguma energia para os 50 kms finais e tentou fazer a diferença mais duas ou três vezes. As iniciativas não surtiram efeito e tiveram sempre resposta pronta da Visma Lease-a-Bike.

A aproximação à meta fez-se muito rápido, nesta etapa que contou com mais de 46 km/h de velocidade média. No grupo de fugitivos, que rodavam a alguns segundos do grupo perseguidor e a um minuto do pelotão, o primeiro ataque assertivo é de Jasper Stuyven (Lidl-Trek), que se isolou com cerca de 10 segundos, distância essa que manteve até à entrada do último km.

Stuyven é alcançado à entrada dos 1000 metros finais, e o ciclista da Lidl-Trek já não tinha forças para sprintar contar os restantes elementos da fuga. Ainda assim, voltou a escrever-se um capítulo histórico na Volta a França, e Anthony Turgis venceu ao sprint, quebrando um jejum de sete anos sem vitórias no Tour para a Total Energies.

Thomas Pidcock foi segundo e Gerek Gee (Israel Premier Tech) terminou em terceiro. Destaque ainda para o ciclista português Rui Costa (EF Education Easy Post) que terminou o dia na 13ª posição.

Na classificação geral as contas mantém-se para os principais nomes do top-10. Ainda assim existem alguma saídas e entradas nos lugares mais baixos entre os dez primeiros.

Volta a França 2024

Top-10 após a nona etapa

 

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Créditos imagens: Volta a França

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