Volta a Espanha 2024 – Diário do dia 14: Visma trabalhou, Groves aproveitou

A Visma andou toda a etapa a trabalhar, primeiro a controlar a fuga, depois a anulá-la já na subida final, de 1.ª categoria, e ainda manteve um andamento alto para impedir ataques tardios, mas faltou-lhe mais homens (ou força) para descartar um velocista como Kaden Groves.

PUB

Não se previa que Groves, que é um sprinter puro, que sofre com o andamento forte em subida, conseguisse passar uma contagem de montanha de primeira categoria de 23 quilómetros a pouco mais de 15 km da meta. E só o conseguiu porque a inclinação da subida era baixa, mas acima de tudo porque, reforce-se, faltou mais força de trabalho à Visma-Lease a Bike

Mesmo assim, Wout van Aert tinha 50 por cento de probabilidades de vencer, mas perdeu frente ao australiano pela segunda vez nesta Vuelta. E o esforço da sua equipa de nada valeu – a não ser para o belga reforçar a classificação de melhor trepador, de que é improvável líder.

“Estava confiante de que poderia fazer o meu melhor sprint e… vencer. Mas quando chegámos aos últimos 250 metros senti cãibras», revelou Van Aert. «Kaden [Groves] foi apenas um pouco mais forte…”, explicou Van Aert.

Na classificação geral não houve alterações, com todos os corredores do top-10 a terminaram no pelotão, com o mesmo tempo do vencedor. Com isso, Ben O’Connor (Decathlon-AG2R) mantém 1.21 minutos de vantagem para o segundo posicionado, Primoz Roglic (Red Bull-Bora).

O esloveno não se livrou de uma avaria no início da derradeira descida, a cerca de 15 km da meta, chegou a ter 25 segundos de desvantagem para o pelotão, mas conseguiu recuperar, não perdendo tempo.

Este domingo, Roglic tem mais uma oportunidade para desferir novo golpe ao camisola vermelha Ben O’Connor, que até poderá resultar na reviravolta na classificação geral.

PUB

O cenário é ideal para o corredor da Red Bull. No final da 2ª semana da Volta a Espanha, a 15ª etapa de perfil (muito) agressivo entre Infiesto e Valgrande Pajares, e com final arrebatador em alto, no cume do Cuitu Negru (19,7 quilómetros a 6,7%). Uma subida que implica um esforço longo e intenso, com setores finais superiores a 13%.

Os fugitivos poderão, mais uma vez, competir pela vitória, mas está garantida uma grande batalha entre homens da geral. Roglic pareceu intocável na sexta-feira nas rampas do Puerto de Ancares, embora mantendo um discurso reservado.

Crédito da imagem: LaVuelta Twitter – https://x.com/lavuelta/status/1829958981063934095/photo/1