Acabado de regressar de um estágio em altitude no vulcão Teide, Wout van Aert descobrirá se essas três semanas de preparação intensa e específica deram frutos na E3 Saxo Classic, na próxima sexta-feira.

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Primeiro passo do belga da Visma-Lease a Bike antes dos grandes objetivos da primavera, a Volta a Flandres e a Paris-Roubaix. “Sinto-me bem. O estágio correu bem e isso dá-me confiança. Aprendemos com o passado, volto sempre bem de um período de treinos em altitude”, afirmou Van Aert em entrevista à HLN, em que tem uma declaração lapidar: “Quero vencer a Ronde e Roubaix. Para mim, e não para pensar em dar a vencer a mais alguém!”. Voltemos a estas palavras mais adiante.

Wout van Aert espera aproveitar as boas atuações da sua equipa nesta primeira fase da temporada, desde os sucessos de Jonas Vingegaard na Tirreno-Adriático e n’O Gran Camiño, às grandes vitórias de Olav Kooij e Matteo Jorgenson na Paris-Nice.

No entanto, o vencedor de nove etapas na Volta a França não se arrepende de ter sido apenas espectador dos primeiros grandes eventos do ano: “Assisti às corridas e achei relaxante”, refere.

“Matteo [Jorgenson] esteve muito forte na Paris-Nice [vencedor à geral], ainda melhor do que o esperado”, afirma Wout van Aert. “Ele está a apresentar uma nova forma de correr. Juntou-se à nossa equipa [transferiu-se da Movistar] e está a assumir a liderança desde começo”, diz.

‘Van der Poel parece muito forte’

O vencedor do Milan-Sanremo de 2020 também ficou impressionado com o seu rival de longa data Mathieu van der Poel na Milão-Sanremo: “Ele parecia muito forte. Está em forma”, considera Van Aert.

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O seu arquirrival neerlandês cobiça uma terceira vitória na Flandres: “Mathieu é tão forte na última hora de corrida na Volta a Flandres como na da E3 Saxo Classic. Muitas vezes é que faz a diferença em relação aos adversários. Os outros têm de recuperar, mas Mathieu está pronto para a próxima subida muito rapidamente. E esta qualidade ganha todo o seu significado na Volta a Flandres”, explica.

Por enquanto, Van Aert aponta à vitória na E3 Saxo Classic, que venceu no ano passado. “Na minha opinião, depois da Volta a Flandres, é a prova flamenga mais difícil, com um final muito exigente e em que a corrida que começa sempre de longe. E porque é tão perto da Ronde, é sempre um bom teste.”, analisa o belga, que fala sobre as suas opções nesta fase da época.

“A Através da Flandres é a escolha perfeita. Tive alguns pequenos contratempos nessa prova no ano passado e por isso perdi a vitória. No inverno passado decidimos não deixar nada ao acaso. Tive um inverno muito bom e estou pronto para começar”.

‘Até agora, tem sido melhor do que esperava’

“2023 foi a primeira vez na minha carreira que a época foi menos boa que a anterior”, confidencia Van Aert. “Até então, tinha feito sempre melhor. Isso deu-me o que pensar, sobre o que não devia fazer… Ou seja, tenho de correr para mim, mais do que para qualquer outra pessoa… Este ano isso dá-me paz de espírito”, afirma Van Aert referindo-se implicitamente ao facto de ter participado no Tour para trabalhar para Jonas Vingegaard.

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Wout van Aert, portanto, mudou a sua abordagem. “Trabalhei muito porque quero vencer a Volta a Flandres e a Paris-Roubaix. Acho que posso vencê-las. Mostrei, no passado, que as corridas em pavé eram uma das minhas especialidades. É um grande objetivo adicioná-las à minha lista de conquistas”, conclui.


Crédito das imagens: Volta ao Algarve Facebook – https://www.facebook.com/photo.php?fbid=796565342502006&set=pb.100064456435993.-2207520000&type=3&locale=pt_PT

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