Mesmo sem termos dados concretos que legitimem a afirmação, presumimos que podemos dizer que a iGPSport é uma marca de GPS que está a crescer em Portugal. E entretanto tivemos oportunidade de testar mais um ciclocomputador iGPSport, neste caso o modelo iGS800, cujo lançamento já havíamos noticiado.

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De referir desde já que o empréstimo do GPS aconteceu através da SC Vouga, um dos distribuidores desta marca chinesa no nosso país. E pela experiência que temos tido com este ciclocomputador iGPSport ao longo das semanas mais recentes, diga-se que a fasquia subiu mais um pouco. Quisemos perceber como.

A nossa experiência tem sido bastante positiva com os dispositivos desta marca. Por exemplo, gostámos da relação entre preço e qualidade do iGS630S, e acreditamos agora que o iGPSport iGS800 mantém essa mesma filosofia.

Abordamos então alguns dos pontos que achamos mais relevantes neste modelo, desde o unboxing logo a seguir ao momento de aquisição até aos detalhes mais técnicos ao nível da navegação, por exemplo, que é um dos hot-topics no uso desta unidade. Vamos lá…

A caixa e a sensação de qualidade

Neste ponto, a iGPSport mantém a “receita” que já apresenta nos modelos anteriores: caixa em cartão rijo e uma boa apresentação. Não há a sensação de ser algo barato, mas sim um produto bem apresentado e de notória qualidade. O unboxing é quase uma “experiência Apple”, sendo isto um elogio, claro.

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Na caixa encontramos o iGS800 e na zona mais abaixo o cabo de carregamento USB-C, uma capa de proteção em silicone, a strap de segurança e o suporte para o guiador.

Quanto à aparência física do GPS, o ecrã tátil (algo que é novidade neste modelo) tem dimensões de 3,5 polegadas e promete de imediato uma boa visualização. Cereja no topo do bolo: o iGS800 já traz instalada uma película de vidro temperado para proteção do ecrã.

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Na parte traseira vemos uma aparência que remete para o carbono, com o encaixe do tipo Garmin em alumínio. Isto é algo que, por vezes, não encontramos em aparelhos denominados de “topo de gama” noutras marcas. No que diz respeito ao peso, este GPS aparenta ser mais pesado do que realmente é, e a marca anuncia cerca de 120/125 gramas. Não duvidamos.

Além do ecrã tátil, contamos ainda com seis botões para navegar na interface. A entrada de carregamento está agora localizada na zona inferior do GPS, e de forma centrada, o que permite uma maior facilidade de carregamento em movimento.

Interface e app

A interface é bastante simples e intuitiva, mas requer algum tempo de exploração, por assim dizer. A página inicial apresenta-nos os vários modos de “pedalada” (estrada, elétrica, gravel, etc), e é também onde podemos aceder aos mapas descarregados, aos planos de treino, aos segmentos e às estatísticas de treino e de recuperação. E também às definições gerais do GPS.

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Na app, a experiência mantém-se boa, como já acontecia noutros aparelhos. É simples e de fácil perceção; conseguimos personalizar páginas de treino, descarregar mapas e rotas, e outros detalhes.

Salientamos que este ciclocomputador tem as funções de Live Tracking e de aviso de chamadas e mensagens diretamente no ecrã. Durante as várias semanas de utilização, não tivemos qualquer problema com estas funções, que se demonstraram bastante úteis, inclusive.

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Mapas e navegação

Agora sim um dos pontos mais relevantes deste novo iGPSport iGS800: os mapas e a navegação. E refira-se que este GPS cumpre muito bem a sua missão nestes capítulos. Contudo, ainda assim, deparámo-nos com alguns percalços…

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O ecrã permite uma boa visualização das rotas e o zoom permite um aproximar (ou afastar) bastante significativo. Nas funções de navegação conseguimos ver outras páginas que tenhamos configuradas, como kms percorridos, elevação e potência, por exemplo. Surge-nos no ecrã um pop-up com setas e distância até à mudança de direção, isto no que toca à navegação em tempo real.

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É verdade que, ao início, tivemos algumas dificuldades de adaptação a este modelo, notando alguns problemas de uso, por assim dizer. Problemas esses que foram sendo resolvidos pelas várias atualizações que a iGPSport foi disponibilizando ao longo destas semanas mais recentes.

Ainda assim, o recalcular de rota continua a ser um pouco lento, pelo menos nas situações do género que nos têm sido apresentadas.

Aliás, na nossa aventura de Gravel na Arrábida, utilizámos o iGS800 como GPS principal de navegação. O dispositivo cumpriu a missão perfeitamente, mas notámos alguns enganos nos quais tivemos de parar e esperar para saber exatamente para onde ir. Nada de grave, mas, por vezes, um pouco demorado…

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Bateria e autonomia

Neste campo não temos muito a dizer, apenas que os valores apresentados pela marca são reais. As 50 horas de autonomia são “alcançáveis” num tipo de utilização normal, e mais do que suficientes para qualquer tipo de utilizador, mesmo para os ciclistas das ultradistâncias tanto na estrada como no BTT ou gravel.

Podemos dizer que, em média, carregamos a bateria do iGPSport iGS800 de duas em duas semanas, ou duas vezes por mês. O mais surpreendente? Quando o fazemos ainda temos cerca de 20% da energia disponível.

O que há de menos bom…

Sim, há pontos menos positivos a apontar a este GPS, apesar de não ser nada de grave e capaz de arruinar a experiência. Muito pelo contrário, pois este é um GPS que satisfaz todas as nossas necessidades de uso de ciclocomputador, no fundo.

iGPSport iGS600 e iGPSport iGS800

Da navegação já aqui falámos, alguns inconvenientes, mas nada de especial. Por outro lado, tivemos alguns problemas de emparelhamento com outros aparelhos, como são exemplo luzes radar. Utilizámos várias luzes, tanto da iGPSport como de outras marcas e, nalguns casos, passados alguns minutos, a ligação perdia-se.

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Em várias situações notámos, ao utilizarmos luzes radar, que perdíamos por completo a funções de radar. Para solucionar essa questão, tínhamos de desligar e voltar a ligar a luz, ou desemparelhar e voltar a emparelhar os dispositivos através dos menus do GPS.

Tivemos ainda alguns problemas com a ligação à app no smartphone e, posteriormente, na relação com a plataforma Strava. Mas estes foram os tais problemas que vimos a marca resolver através de atualizações gratuitas.

Em conclusão

Sem grandes rodeios: sim, este ciclocomputador iGPSport vale a pena o investimento. E especialmente porque estamos a falar de um modelo que custa cerca de 360 euros (e que muitas das vezes está em promoção ou inclui outro acessório da marca no pack).

A autonomia convence e fideliza, é uma grande despreocupação para qualquer utilizador. Os mapas e a navegação são mais do que suficientes e capazes de nos conduzirem em rotas em ritmo de passeio, ou quando a explorar a área que nos rodeia.

A este preço, este iGPSport iGS800 é efetivamente uma excelente “máquina”.


Ficha técnica | Ciclocomputador iGPSport iGS800
» Info e lista de especificações completa (www.igpsport.com)
» Distribuição em Portugal: SC Vouga
» Texto, teste e fotos: Rafael Prazeres

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