Teste GoRide: BH Lynx SLS 9.7 2025 [com vídeoreview]

Em duas palavras, podemos já dizer-te algo sobre a BH Lynx SLS: que “máquina”! Confessamos que não esperávamos encontrar nesta suspensão total da marca espanhola uma bicicleta tão completa e versátil, preparada para qualquer tipo de XC, seja em provas, sejam em treinos, seja numa simples volta com amigos ao fim de semana.

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Apresentada pela primeira vez no Sea Otter Europe 2024, a BH Lynx SLS surpreendeu o segmento das bicicleta de BTT por ter um amortecedor semi-integrado no toptube (como já acontecia em modelos de outras marcas, é certo…). Surpreendeu também por ter menos curso na suspensão.

Uma semanas mais tarde, a BH enviou-nos para teste a versão BH Lynx SLS 9.7, modelo 2025, com a qual andámos até há pouco tempo.

Esta não é a topo de gama, pois existe ainda outra opção com a tecnologia Flight Attendant da RockShox. Mas refira-se que o quadro é exatamente o mesmo e pesa apenas 1.520 gramas, fazendo uso da tecnologia Slip Pivot que já conhecemos.

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As primeiras impressões. Positivas!

A BH Lynx SLS revelou-se uma companheira muito polivalente. Para um ciclista de BTT com 1,75 metros de altura, o quadro M revela-se a escolha ideal. Ficamos muito bem encaixados na bicicleta.

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Alías, a primeira sensação que tivemos foi que a bicicleta já nos tinha passado pelas mãos… Parecia uma velha amiga, bem conhecida, logo no primeiro momento: fácil de conduzir e ainda mais agradável de controlar sempre que a levámos a trilhos já conhecidos.

 

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Andámos muito pela floresta de Monsanto, em Lisboa, como podem ver pelos vários Reels que fomos publicando no Instagram do GoRide.pt. Vê os vídeos!

Na prática, a qualidade de construção impressiona, com um quadro que não tem “vergonha” de deixar expostas as camadas de carbono. E, nesta versão 9.7, é sempre bom contar com alguns componentes de eleição: conjunto de transmissão Sram XX AXS, travagem Shimano XTR, rodas BH Evo Carbon SL… Muitos leves, estas, o que ajuda a gostar ainda mais desta BH.

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Geometria, suspensões e detalhes

A geometria desta bicicleta está também relacionada com a BH Ultimate, a bicicleta de XC hardtail da BH, e isto mais precisamente no triângulo traseiro, que mantém os mesmo 426 mm de comprimento nas escoras.

À frente, os números tendem para algo mais adequado a suspensões de 110 mm (aqui a Fox 34 SC Factory), e muito semelhante à Lynx Race.

O amortecedor traseiro Fox SL Factory Kashima de “apenas” 80 mm de curso revelou-se excecional. E, ao contrário do que acontece noutras marcas, este amortecedor pode ser trocado por qualquer outro no mercado, não é exclusivo desta bicicleta.

Mais: como a marca nos explicou no Sea Otter Europe 2024, o amortecedor tem um curso real de 40 mm; contudo, e como atua com um rácio de 1:2, cada milímetro de compressão traduz-se em dois milímetros de deslocamento no eixo da roda.

 

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E, sim, a tecnologia Split Pivot (no triângulo traseiro), também tem muita da responsabilidade da performance elevada a subir. E da facilidade que há a descer…

Na verdade, esta Lynx SLS pareceu-nos frágil ao nosso primeiro olhar… Mas, assim que a levámos para a floresta e para os singletracks mais técnicos, revelou uma competência elevada. Capaz de “envergonhar” bicicletas com mais curso…

O pivô principal também é proveniente de outra bicicleta BH, a Lynx Race. A diferença é que está sobredimensionado para aguentar todos os circuitos de XC, na prática, até os mais exigentes!

A BH Lynx SLS nos trilhos, como é?

Uma “peça” de competição. A rigidez e a leveza desta montagem são impressionantes. A rolar sentimos claramente a bicicleta “a andar para a frente”, cada watt conta nos momentos de progredir.

 

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A subir, o peso total de cerca de 9.75 kg faz com que “subir devagar” não seja uma expressão conhecida para esta bicicleta. Faz-nos sentir que fazemos parte da “viagem”. Quanto mais em forma estivermos, melhor a conseguimos fazer subir, naturalmente.

Nos trilhos, apesar de ser menos permissiva que outras bicicletas com mais curso, a Lynx SLS continua a ser uma boa escolha para atacar umas boas descidas, uns saltos e uns drops. Sem medos. Mas atenção, esta configuração não permite tantos erros…

O que menos gostámos…

Mas esta bicicleta também apresenta alguns detalhes menos positivos. Começamos pela zona do guiador, no qual os manípulos que controlam o espigão telescópico e o bloqueio de suspensão estão demasiado próximos…

Por vezes acontecia acionarmos um dos manípulos sem querer… Uma questão de hábito, é certo, mas algo que pode ser repensado pela marca.

Ficámos também com pena de não encontrarmos neste modelo o sistema BH Fit, que permite ter “escondido” no tubo de direção um kit de ferramentas essencial a qualquer eventualidade menos positiva que tenhamos no terreno.

Em suma, a BH Lynx SLS, e especialmente nesta versão 9.7, é uma solução completa para quem gosta do XC ou XCM puro e duro. Não é barata, é verdade, mas “faz pela vida” em qualquer trilho e não desilude. Uma aposta ganha pela BH e que vai certamente servir de base aos próximos modelos da marca espanhola.

Especificações da BH Lynx SLS 9.7 2025:

• Quadro: Lynx SLS em carbono Layup Toray 800
• Amortecedor: Fox SL Factory Kashima 190x40mm
• Suspensão: Fox 34 SC Factory 110 mm
• Transmissão: Sram XX –  Pedaleiro 34d – cassete 10/52d
• Travões: Shimano XTR 180mm/160 mm
• Duração: Acros ICR FIT
• Guiador: Cockpit integrado BH Stealth Top Flat
• Punhos: BH SL Grip
• Selim:Prologo R4 Nack
• Espigão: Bike Yoke Divine SL 31,6mm, 125mm
• Rodas: BH Evo Carbon SL Tubeless, 30mm de diâmetro interno
• Pneus: Pirelli Scorpion XC RC 2.4
• Peso: 9,75 kg
• Preço: 8.799 euros

	BH Lynx SLS 9.7 2025
»	Info e lista de especificações (www.bhbikes.com/pt)
»	Texto e teste: Rafael Prazeres Rider nas imagens: Rafael Prazeres Fotos e vídeo: Bernardo Gouveia e Rafael Prazeres

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