O belga Wout Van Aert venceu a nona prova da Taça do Mundo de ciclocrosse, este domingo em Dublin, na estreia desta competição na Irlanda. Depois de há uma semana ter sido segundo classificado em Amberes (Bélgica), atrás do rival neerlandês Mathieu Van Der Poel, da Alpecin-Deceuninck – que não participou na corrida irlandesa -, o corredor da Jumbo-Visma impôs-se num circuito com piso enlameado.

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Por três vezes, Van Aert teve de recuperar de atraso. Primeiro por ter arrancado de uma posição secundária no alinhamento de partida, depois foi no decorrer da quarta das sete voltas, quando a bicicleta resvalou, embatendo num poste, e ainda, houve mais uma.

Na quinta volta, à passagem pela zona das boxes, quando um trapo ficou preso entre a corrente e a cassete da bicicleta, obrigando o ciclista a ter de regressar às boxes, a pé, em sentido contrário, para trocar de bicicleta. Todavia, o campeão belga não se pode queixar de má sorte, pela proximidade da zona de manutenção.

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Após estes incidentes, Van Aert iniciou a decisiva recuperação que o conduziu à vitória. Impressionante desempenho do corredor da Jumbo-Visma, que recuperou facilmente cerca de 20 segundos que perdera na “operação do trapo” e quando chegou ao grupo de líder, em que alinhavam Laurens Sweeck, Tom Pidcock, Lars van der Haar, Michael Vanthourenhout, e um pouco mais atrás Eli Iserbyt e Jens Adams.

Van Aert arrancou, depois, imparável para um triunfo arrebatador, que deixa antever a luta com o arquirrival Van der Poel, que o belga prometera apenas para o período natalício.

O ciclista da Jumbo-Visma, que segue de Dublin para o Sul de Espanha, para se juntar ao estágio da sua equipa de estrada, venceu com vantagem de 14 segundos sobre o compatriota Laurens Sweeck (Crelan – Fristads) e 17 segundos para Tom Pidcock (INEOS Grenadiers). O top 5 completou-se com o neerlandês Lars van der Haar (Baloise Trek Lions) e o belga Michael Vanthourenhout (Pauwels Sauzen-Bingoal).

 

No final, Wout van Aert desvendou uma corrida ainda mais complicada… “Foi difícil principalmente do ponto de vista mental porque tive de lutar para encontrar o ritmo certo. Na saída estava longe dos líderes e quando comecei a sentir-me melhor surgiu o problema do trapo que estava a bloquear a bicicleta”, explicou.

“Foi uma sorte que tenha acontecido na zona das boxes, consegui resolver a situação rapidamente. Seria estúpido não vencer por essa anomalia”, acrescentou o tricampeão mundial de ciclocrosse (2016, 2017 e 2018), que na cerimónia do pódio empunhou o famigerado… trapo.

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“O circuito acabou por se revelar difícil o suficiente para fazer a diferença”, disse, antes de concluir: “Vou satisfeito para o estágio da equipa de estrada em Espanha e quando regressar, no dia 23, em Mol [Bélgica], continuarei a preparação para o Mundial.”

Este é o primeiro grande objetivo de 2023 de Wout van Aert, marcado para 5 de fevereiro em Hoogerheide, nos Países Baixos.

 

A Taça do Mundo de ciclocrosse prossegue na próxima semana, com a 10.ª das 14 etapas, em Val di Sole, em Itália.

Classificação completa:

Fotos: CiclocrossWC Twitter

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