Em 2023, a Jumbo-Visma fez história no ciclismo ao conquistar as três grandes voltas e posiciona-se, desde logo, como a equipa a bater no pelotão no futuro imediato.

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Há alguns anos, esse estatuto de ‘alvo’ pertencia à Sky. Impulsionada pelo sucesso de nomes como Bradley Wiggins, Chris Froome, Geraint Thomas e Egan Bernal, a equipa britânica competia pela vitória em quase todas as corridas, mas principalmente no Tour, desde sempre o seu objetivo maior assumido.

Agora denominada INEOS Grenadiers, a formação inglesa que ostenta o maior orçamento do WorldTour, tem andado distante dos tempos áureos, em que dominava, quase de modo esmagador, a concorrência nas corridas por etapas em que competia. Em parte, esse declínio deve-se à ascensão da Jumbo-Visma, como admite um dos técnicos principais da INEOS, Xabier Artetxe ao CyclingNews.

“Não é possível ganhar os três grandes voltas por acaso, porque mesmo ganhar uma é muito difícil e não acontece por sorte… É preciso ter um líder claro, uma equipa claramente estruturada e nenhum azar em termos de quedas, saúde, etc.”, afirma o espanhol.

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“Conseguiram-no porque têm grandes ciclistas e líderes fortes, devido à qualidade geral dos atletas”, defende.

“Basta olhar para os gregários da equipa na Vuelta, que são os atuais vencedores do Giro e do Tour [respetivamente Primoz Roglic e Jonas Vingeggard], nem mais nem menos, e para o habitual gregário que conseguiu ascender a líder nessa prova [Sepp Kuss], que é um dos melhores trepadores do mundo”, prossegue Artetxe.

“Tinham trabalhadores de equipa como Robert Gesink e Wilco Kelderman, que estiveram ambos no pódio de grandes voltas. Além disso, um ciclista como Dylan Van Baarle, que ganhou a Paris-Roubaix, foi vice-campeão do mundo e é um ciclista bastante polivalente, como nós próprios sabemos muito bem, uma vez que foi ciclista da INEOS. É uma equipa fantástica”, destaca o técnico.

“Enquanto a Sky/INEOS foi a pioneira do sistema de ganhos marginais, a Jumbo-Visma elevou agora esse método a outro nível. Ao mesmo tempo, têm um grupo grande e sólido de 10 a 12 ciclistas com os quais sabem que podem contar para as grandes voltas. Por isso, tal como há algum tempo éramos uma referência para muitas equipas, agora são eles o exemplo para o qual as equipas olham”, reconhece Artetxe em jeito de conclusão.

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Imagens INEO Grenadiers e Jumbo-Visma Twitter

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