O ano de 2021 foi de emoções fortes para a Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados. Por uma lado, a equipa viveu a melhor temporada desportiva desde que chegou ao escalão Continental; por outro, perdeu o grande impulsionador e mentor da estrutura, Pedro Silva. O filho, Xavier, quer manter vivo o legado de alguém que deu muito ao ciclismo. São algumas as mudanças para 2022 e a grande contratação foi para a equipa técnica.

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É inevitável que o espanhol Gustavo Veloso seja o rosto da estrutura neste início de temporada, agora como diretor desportivo. O espanhol colocou um ponto final na carreira aos 41 anos e mostra-se muito entusiasmado com a possibilidade de liderar de outra forma uma equipa que perdeu nomes importantes, a começar precisamente por este cargo, com Hélder Miranda a ir para a Efapel Cycling. Mas há reforços bem interessantes.

Iúri Leitão e Joaquim Silva contribuíram muito para que 2021 fosse memorável para a Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados (este último um novo patrocinador para esta época), mas ambos seguiram outro rumo, com o primeiro a chegar a uma ProTeam espanhola, a Caja Rural. Tiago Antunes seguiu com Joaquim Silva para a Efapel Cycling, assim como Gaspar Gonçalves.

Porém, para ocupar estes lugares, chegam ciclistas com capacidade de ir à procura de bons resultados, sendo mais complicado substituir Iúri Leitão, que já começa a ficar com a distinção de melhor sprinter português da atualidade.

Gonçalo Carvalho regressa a uma casa que bem conhece e tem sido notória a sua evolução nas últimas épocas, enquanto João Matias vem precisamente para reforçar o sprint (estando ao lado do venezuelano Leangel Linarez), além de ser um ciclista muito valioso no trabalho para a equipa e uma voz de liderança.

O rei da montanha da Volta de 2021, Bruno Silva, também abraçou este projeto e surge de confiança renovada depois da excelente exibição na Volta a Portugal, ele que é um daqueles ciclistas que não sabe correr mal, seja a lutar por um resultado próprio, seja para ajudar um companheiro. Gonçalo Amado faz da persistência a sua arma e chega agora a uma equipa em que pode mostrar-se ainda mais.

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O colombiano Nicolas Saenz é homem de montanha, mas um dos destaques vai para o regresso de António Barbio. Dois anos depois de ter parado, o ciclista que em 2017 venceu na Nossa Senhora da Assunção, na etapa da Volta a Portugal, traz nova ambição para retomar a carreira.

Não será fácil igualar o sucesso de 2021, com triunfos na Volta ao Alentejo, Grande Prémio Jornal de Notícias e Grande Prémio Douro Internacional, mas esta Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados tem argumentos para estar na discussão de bons resultados, com Gustavo Veloso ao leme nesta nova fase da sua longa ligação ao ciclismo português.

Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados em 2022:

Permanências: Ángel Sánchez (28 anos), Francisco Morais (23), Leangel Linarez (24), Pedro Pinto (21), Rui Carvalho (26).

Entradas: António Barbio (28, regressa à competição após dois anos fora), Bruno Silva (33, Antarte-Feirense), Gonçalo Carvalho (24, Rádio Popular-Boavista), Gonçalo Amado (27, Antarte-Feirense), João Matias (30, Louletano-Loulé Concelho) e Nicolas Saenz (24, Efapel).

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Saídas: Ash Coning (21), Gaspar Gonçalves (26, Efapel Cycling), Iúri Leitão (23, Caja Rural-Seguros RGA), Joaquim Silva (29, Efapel Cycling), Pedro Paulinho (31) e Tiago Antunes (24, Efapel Cycling).

Mais info:


Imagens: Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados // João Fonseca

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