A Soudal Quick-Step está a ter um mercado de transferências conturbado, já com oito contratações – a mais sonante, a de Mikel Landa – mas também sete saídas importantes – incluindo Fabio Jakobsen, Tim Leclerq, Remi Cavagna, Mauro Schmid e Ethan Vernon… E outros poderão seguir-se…

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Patrick Lefevere, diretor geral da Wolfpack (a alcateia, como se autodenominam), aproveitou a sua coluna de opinião semanal no Het Nieuwsblad para fazer um balanço da janela de transferências da sua equipa, destacando os fortes rumores que indicam que importantes corredores como Tim Declercq e Rémi Cavagna partiriam neste inverno.

“Os adeptos atentos do ciclismo já devem ter notado: muitos corredores estão a deixar a nossa equipa este ano. Atualmente são nove saídas “certas”, além de Dries Devenyns, que está a retirar-se do ciclismo. Uma grande agitação”, explicou o dirigente belga de 68 anos.

Entre as partidas, umas são mais difíceis de “encaixar” para o responsável máximo da alcateira, como a do belga Tim Declercq, capitão de equipa de longa data e trabalhador modelo desde 2016. “Sim, é com o coração pesado que o vejo sair. Adoraria mantê-lo, ele certamente adoraria ficar, mas há a realidade financeira. Não conseguimos chegar a um acordo e ele recebeu uma grande oferta do Lidl-Trek, uma equipa que claramente tem dinheiro”, comentou Lefevere.

Outra transferência confirmada de um corredor importante que por certo vai ser complicado substituir é a do francês Rémi Cavagna, o ‘TGV de Clermont-Ferrand’, que está de malas aviadas para a espanhola Movistar.

“Rémi Cavagna queria um novo desafio, disse-nos em termos muito claros. O que no caso dele também entendo, depois de sete temporadas na nossa equipa. Tenho algumas dúvidas sobre este assunto. Não quero dizer nada de mau sobre Rémi, que foi muito valioso para nós, mas não o vejo nas clássicas do pavé com as suas características, como parece que é intenção da sua futura equipa”, analisou Lefevere.

Com a sua habitual franqueza, o chefe da Soudal-Quick Step falou sobre a polémica em redor de Mauro Schmid. A transferência do suíço, de 23 anos, para a Jayco AlUla está atravessada na garganta de Lefevere. “Depois do Mundial em Glasgow, ele desapareceu do nosso radar. Quando o técnico Koen Pelgrim perguntou por que é os seus dados não tinham sido carregados no nosso programa de treino, ele respondeu que o seu Garmin estava avariado”…

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“Mais tarde descobriu-se que ele estava a viajar para Las Vegas e por lá ficou seis dias. Obviamente, no final da temporada perdemos menos tempo e palavras na despedida…”, concluiu Lefevere claramente desagrado com a atitude do helvético.

Entretanto, Mauro Schmid já reagiu às palavras de Lefevere, e foi breve, claro e conciso. Na sua conta no Twitter, o vencedor de uma etapa na Volta a Itália 2021 partilhou um treino na aplicação Strava, de 94 quilómetros e 3 horas e 12 minutos, num percurso a oeste de Las Vegas.

Sem qualquer comentário a acompanhar o tweet, Mauro Schmid respondeu com “dados do Garmin” às críticas do carismático diretor geral da Wolfpack… Uma forma de virar a página antes de iniciar um novo capítulo na sua carreira na Jayco -AlUla, equipa à qual se vinculou até 2026.

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Fotos Soudal-Quick Step Twitter

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