O diário belga Het Laatste Nieuws acaba de lançar uma bomba que pode mudar tudo no mundo do ciclismo. O jornal revela os detalhes do projeto da Superliga One Cycling, apoiado pelo fundo soberano saudita (PIF), e anuncia que este poderá ser oficializado pouco antes do início da Volta a França (5 a 27 de julho) para ser lançado em 2026. A concretizar-se, este projeto será uma verdadeira revolução, pois colocará completamente em causa a forma como o ciclismo opera atualmente.

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A RCS Sport, que gere a Volta a Itália, Milão-Sanremo e a Volta à Lombardia, já teria aderido ao projeto, e a Flanders Classics (incluindo a Volta a Flandres e a Gent-Wevelgem) está prestes a dizer que sim.

Onze equipas, atraídas pelos atrativos benefícios financeiros (250 milhões de euros investidos pelo PIF, incluindo 1 milhão por ano durante três anos para cada equipa), já deram o seu acordo para se juntarem ao ‘One Cycling: Visma Lease a Bike, EF Education-EasyPost, INEOS Grenadiers, Soudal Quick-Step, Red Bull-BORA-hansgrohe, Lidl-Trek, Intermarché-Wanty, Bahrain Victorious, Decathlon AG2R La Mondiale, Picnic PostNL e Movistar.

De notar, a ausência das equipas das estrelas Mathieu van der Poel (Alpecin-Deceuninck) e Tadej Pogacar, cuja UAE Emirates XRG é financiada pelos Emirados Árabes Unidos, um país ‘rival’ da Arábia Saudita. A ausência destes dois ciclistas seria obviamente problemática para esta liga, que pretende tornar-se a principal liga de ciclismo do mundo.

Uma revolução para o ciclismo
A ideia dos organizadores desta Superliga é criar um circuito fechado com as principais estrelas do pelotão e os principais eventos do calendário. Neste momento, a ASO não quer juntar-se ao projeto saudita, o que a privaria de provas como o Tour de France, Paris-Nice ou Liège-Bastogne-Liège. Para preencher estas lacunas, a One Cycling espera lançar quatro novas corridas: uma na Ásia, uma na América do Norte e uma na Arábia Saudita, que serviria como evento final.

Caso isso aconteça, os organizadores já ponderam aumentar o prémio monetário em 2029 e a participação de equipas femininas. Mas o exemplo do fracasso da Superliga no futebol e a falta de um anúncio oficial (por enquanto) exigem cautela.

Crédito da imagem: Paris-Roubaix Twitter

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