A União Ciclista Internacional (UCI) e o Profissional Cycling Council aprovaram um conjunto de medidas para melhorar a segurança dos corredores.

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As medidas, que surgem na sequência da gravíssima queda de Fabio Jakobsen no Tour de Polónia de 2020, foram aprovadas durante uma reunião virtual do Comité de Gestão da UCI de 2 a 3 de fevereiro, e serão aplicadas primeiro aos eventos WorldTour masculino e feminino, e serão aplicadas progressivamente a todos os eventos do calendário internacional de competições da UCI.

O Comité de Gestão da UCI deliberou com base nos regulamentos atuais sobre ‘conduta perigosa dos corredores’ para proibir a posição aerodinâmica de muitos ciclistas em descida, conhecida por ‘super tuck’. O ‘super tuck’, em que os corredores apoiam o peito no guiador e sentam-se no tubo superior da bicicleta para ganhar uma vantagem aerodinâmica nas descidas, tornou-se tão comum que a plataforma de simulação Zwift adotou a posição para os seus avatares.

Os corredores também serão proibidos de atirar os bidões para a estrada e em especial no meio do pelotão. Numa primeira fase da implementação desta norma, os ciclistas serão ‘avisados’ pelos comissários ‘para garantir que todos conheçam e entendam as novas disposições e suas consequências’, e a partir de 1 de abril de 2021 já serão sancionados pela infração.

Foto AP/Tomasz Markowski

Mais importante é a deliberação sobre as barreiras que ladeiam a estrada na parte final do percurso das corridas, que serão regulamentadas a partir de 2022 – haverá um modelo padrão e um protocolo para a instalação das mesmas). Antes, a UCI irá impor regras sobre o seu peso e posicionamento, para evitar espaçamento (hiatos) entre estas, o que terá agravado a gravidade dos ferimentos de Jakobsen.

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A federação também pretende melhorar e modernizar ‘as especificações relativas aos elementos de proteção de obstáculos usados ​​ao longo do percurso, bem como a harmonização da sinalização usada’.

O presidente da UCI, David Lappartient, afirma que “a segurança e o bem-estar dos atletas estão no centro das preocupações” do organismo que lidera e diz-se “satisfeito por várias decisões terem sido tomadas para melhorá-las”.

“Depois de 2020, um ano em que a UCI investiu muito para garantir, com sucesso, a realização o maior número possível de grandes eventos, apesar da pandemia Covid-19, o nosso organismo continuará a acompanhar a evolução da situação com todos os seus parceiros e os organizadores das provas, e adaptar as medidas e os protocolos de saúde para garantir que a temporada de 2021 seja o mais tranquila possível”, esclareceu Lappartient.

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