Tadej Pogacar é o homem a abater, disse há pouco tempo Eddy Merckx, que reconheceu que vê no jovem esloveno, vencedor das duas últimas edições do Tour de França, seu legítimo sucessor. Não é preciso. Há dias, o principal adversário de Pogacar na grande volta francesa este ano, Jonas Vingegaard, afirmou que não lhe reconhece nenhuma fraqueza. No entanto, o líder da UAE Emirates vem expor-se aos rivais e até sugere como podem vencê-lo.

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Pogacar, que conquistou a sua segunda camisa amarela em 2021, e ainda dois ‘Monumentos’, foi um dos convidados no podcast de Geraint Thomas esta semana e procurou minimizar a aura de invencibilidade que se criou ao seu redor – mas que os seus desempenhos têm reforçado.

“Não deveriam ter receio de mim, porque posso ceder até muito mais cedo do que pensam, na verdade”, admitiu Pogacar.

Falando a um de seus potenciais principais rivais no próximo Tour, o esloveno foi mais longe na exposição aos adversários e revelou como pode ser derrotado. “Debito uma boa potência nas subidas que não são muito longas, mas, por vezes, nas subidas mais longas sinto dificuldades para estar a esse nível. E a uma altitude muito elevada também…, o que, de resto, já descobriram”.

Pogacar ter-se-á referido a etapa em que perdeu algum tempo para Primoc Roglic no Col de la Loze, que terminou a 2400 metros de altitude, em 2020, na sua estreia no Tour, que venceu dias depois de extraordinária prestação no contrarrelógio em subida.

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Este ano, o jovem de 22 anos construiu a base para a segunda vitória na corrida francesa logo na primeira etapa de montanha, esmagando a concorrência – e ganhou mais duas (embora sem tanta superioridade) na última semana, tendo mostrado alguns sinais de fraqueza perante o ataque de Jonas Vingegaard na passagem pelo topo do Mont Ventoux (1911 metros).

Pogacar referiu-se, ainda, ao reforço da sua equipa, a Emirates, para 2022, incluindo com o português João Almeida – apesar não ser provável que os dois participem no próximo Tour. O esloveno sublinha a importância do coletivo.

“Com certeza, se acontecer não ter uma equipa forte, com ataques de longe, tornaria as coisas mais difíceis para mim “, admite. “Por exemplo, a Ineos, que tem muitos líderes, pode tentar muitas coisas, e com diferentes estratégias. Creio que pode haver muitas coisas que podem derrotar-se, ou um adversário. Não é assim tão complicado”, concluiu Pogacar.

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