Esta semana, as várias corridas que se disputaram foram assoladas por inúmeros casos, incluindo surtos, de Covid-19, que forçaram ao abandono de equipas inteiras, nomeadamente na Volta à Suíça – Jumbo-Visma, UAE Emirates, Alpecin-Fenix – provocando uma autêntica razia.

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Uma situação preocupante a menos de duas semanas do início da Volta a França, no próximo dia 1 de julho. Depois de Marc Madiot, diretor de geral da Groupama-FDJ, é a vez do seu homólogo da Quick Step-Alpha Vinyl, Patrick Lefevere, comentar o assunto, e como é apanágio do belga, fê-lo com críticas veementes, considerando que algumas equipas que estão menos vigilantes do que antes.

“Há equipas negligentes. Há médicos que testam corredores com sintomas de manhã, mas depois autorizam-nos a participar na corrida. Se o teste der positivo, mais tarde, é claro, tiram-nos da prova, mas, entretanto, os atletas já espirraram três vezes no meio do pelotão”, escreve Lefevere na sua coluna de opinião semanal no Het Nieuwsblad.

Marc Madiot (Gruoupama-FDJ): ‘É uma roleta russa’

Também este domingo, Marc Madiot, diretor geral da Groupama-FDJ, equipa que teve o seu primeiro caso positivo em Quentin Pacher, na Volta à Suíça, já tinha abordado o assunto com preocupação. “Sentimos que é uma roleta russa. Vamos permanecer em prova neste último dia. Mas podemos ser infetados no comboio, no avião. Os números do Covid, no momento, são preocupantes”, disse o ex-corredor profissional em entrevista ao Sud-Ouest.

“Nunca paramos de testar os membros da nossa equipa”, continua Marc Madiot. “Convivemos com o vírus há muito tempo. Toda semana tive casos positivos no staff ou entre os corredores. Alguns não entraram na Route d’Occitanie. Nos eventos da UCI World Tour, o protocolo, mesmo que tenha sido aligeirado, ainda está em vigor: todos os corredores são testados antes de cada etapa. Mas, a Jumbo, que é uma das que mais utiliza máscara, foram os primeiros afetados na Volta à Suíça. Há uma parte de destino nisso tudo…”, acrescentou Madiot.

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Com a proximidade do Tour, o responsável máximo da Groupama-FDJ diz estar confiante que a formação francesa apresentará o seu melhor elenco. “Vai depender dos sintomas. Um assintomático provavelmente estará de regresso à bicicleta em três dias. Mas para o Tour, tudo pode acontecer. Para fazer a seleção, vou esperar, não me vou aventurar… Não esqueço que, na próxima semana, há os campeonatos de França onde, até agora, não há nenhum protocolo específico e teste Covid planeado antes da partida”, referiu Madiot.

“Imagino que a ASO [ndr: organizador do Tour] terá de rever o protocolo. O maior risco, obviamente, diz respeito aos corredores e às equipes. Ter de abandonar um evento de uma semana é uma coisa, mas ter de fazer as malas no Tour de França tem um impacto completamente diferente”, conclui Marc Madiot.

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