A passagem interna de cabos é sem dúvida uma das grandes tendências de design e construção nas bicicletas de hoje, sejam elas de estrada, de BTT, de gravel, urbanas… Falamos dos cabos de travão, quase sempre, mas também dos da transmissão, por exemplo.

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Em termos de estética, é fantástico; no que toca à funcionalidade não tanto, mas acaba por resultar bastante bem, que é o que interessa. Mas será que não há desvantagens nestes sistemas de passagem interna dos cabos?

Vejamos então quais as situações em que isto nos complica a vida e também os pontos em que é vantajoso poder contar com este pormenor de engenharia e design dos tempos modernos das bicicletas…

Vantagens…

1. Estética ‘limpa’

É evidente que a passagem interna de cabos nos guiadores e quadros da bicicletas tem como objetivo tornar o look deste componentes e elementos mais “limpa” e visualmente agradável.

E quem não gosta que assim seja? Aqui deste lado adoramos e somos a favor, desde que funcione! E há bikes cujo cockpit fica brutal quando os cabos não estão à vista.

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2. Aerodinâmica

Há ganhos de aerodinâmica quando os cabos não estão expostos à deslocação do ar, naturalmente. Nas bikes de BTT talvez isto não seja assim tão flagrante, mas nos modelos de estrada não há dúvida de que assim é.

Principalmente ao mais alto nível de competição, em que cada grama e segundo contam…

3. Cabos protegidos

Se os cabos passam por dentro do guiador ou do quadro, certamente que ficam mais protegidos. Sofrem menos com condições metereológicas adversas, apanham menos pó e terra, e ficam menos sujeitos a estragarem-se no caso de queda, por exemplo.

No caso do BTT ainda mais, pois cabos a passar por fora podem até ficar presos em ramos ou vegetação, por exemplo.

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Desvantagens…

1. Menos acessíveis

Talvez a maior das desvantagens: quando há passagem interna dos cabos, estes ficam quase inacessíveis, é muito mais difícil resolver qualquer problema que surja com os mesmos.

Por oposição, quando os cabos estão no exterior são sempre mais fáceis de substituir, desencravar, etc.

2. Ruídos?

Aqui não há hipótese: há sempre uma bicicleta ou outra que nos chega às mãos com os cabos a fazerem barulho por não estarem bem fixos dentro do quadro.

E é das coisas mais irritantes quando percorremos trilhos mais acidentados e que fazem com que esses ruídos se intensifiquem!

3. Mais caro?

Sai mais caro. Ou seja, normalmente são as bicicletas mais acima nas gamas que contam mais vezes com os cabos a passarem por dentro do quadro ou do guiador. Logo, são mais caras.

É tudo lógico também do ponto de vista do desenvolvimento: fabricar um quadro com estas características, capaz de albergar no interior todos os cabos, tem certamente um custo de produção mais elevado. E isto reflete-se no preço final da bicicleta.

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