Estamos já muito próximos do arranque daquela que para muitos é a maior e melhor prova de ciclismo a nível mundial: o inconfundível Tour, ou, em bom português, a Volta a França! E este ano temos por lá três atletas nacionais já com muitos anos de experiência World Tour. E inclusive a vencer… Vejamos o que poderão fazer os três ciclistas portugueses na Volta a França.

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A mítica prova de três semanas começa Sábado e nesta segunda grande volta do ano estão em ação os “nossos” Rui Costa, Nelson Oliveira e Rúben Guerreiro. Quais são os objetivos das suas equipas? E os seus objetivos pessoais?

Rui Costa (Intermarché-Circus-Wanty)

E começamos exatamente pelo ciclista português mais experiente, antigo campeão do mundo de estrada. Oriundo da Póvoa de Varzim, Rui Costa, 36 anos, tem vindo a fazer uma época a um nível bastante elevado.

Recém-chegado a esta nova equipa, Rui Costa parece ter-se libertado de “pressões” alheias, pelo que demonstrou no início da época ao vencer o Troféu Calvià e ainda a Volta à Comunidade Valenciana. Conta ainda com alguns top-10 e com o estrondoso 4º lugar na Strade Bianchi, o melhor resultado de sempre de um português na prova…

Infelizmente, Rui teve algum azar após este bom momento de forma, que se agravou pelo momento insólito que aconteceu no prólogo na Volta à Romandia, em que no arranque partiu o pedaleiro da bicicleta. A Volta à Suíça era a última “etapa” da sua preparação para a Volta a França, mas a equipa abandonou a prova após o falecimento do jovem Gino Mader.

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A Intermarché-Circus-Wanty comunicou os seus objetivos para o Tour: “Vencer a primeira etapa e ficar no top-10 na classificação geral. Para isto reunimos uma equipa sólida e experiente, voltada para os nossos líderes Biniam Girmay e Louis Meintjes”, afirmam os responsáveis da equipa.

Portanto, o papel de Rui será o de “gregário de luxo”, pelo que a sua vasta experiência na prova francesa (dez Tour’s terminados e três vitórias de etapas) pode ajudar a contribuir para os objetivos coletivos. E terá a liberdade de tentar uma vitória em etapa eventualmente…

Nelson Oliveira (Movistar Team)

Vamos poder ver o “contrarrelogista” Nelson Oliveira, mas muito mais. O ciclista da Movistar é um homem de trabalho e certamente será ajuda importante para o líder da formação espanhola, Enric Mas.

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Este atleta portugûes vai cumprir a sua sétima participação na Volta a França, pelo que as dificuldades não serão novidade para si. A forma regular e de bom nível que demonstrou nos últimos tempos foram suficientes para entrar na convocatória da equipa.

Conseguiu alcançar o 9º lugar no contrarrelógio do Critério do Dauphiné e ainda o 4º posto no esforço individual da Volta à Romandia (o seu melhor resultado da época).

Como objetivo pessoal, sem dúvida que a 16ª etapa está na mira do português: um contrarrelógio com 22 kms de extensão e de alguma dureza… Bem ao jeito de Nelson, à partida.

Rúben Guerreiro (Movistar Team)

Também da Movistar, também português, mas num estilo diferente. Rúben Guerreiro poderá ser o ciclista luso com mais oportunidades nesta edição do Tour… E porquê? Além do papel de apoio ao seu líder Enric Mas, Rúben já demonstrou ser capaz de vencer etapas e/ou classificações secundárias, como a da montanha, por exemplo.

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Após uma pausa a seguir às Clássicas das Ardenas, o ciclista terminou, mais recentemente, a 18 de junho, a Route d’Occitanie, prova que percorre os Pirinéus. Esta época Rúben venceu ainda a geral do Saudi Tour, e também uma etapa, alcançando também o 3º lugar no Gran Camino.

Rúben fará certamente parte do “plano B” da equipa espanhola, passamos a expressão, e pode muito bem infiltrar-se num eventual top-15…

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Imagens: Facebook Intermarché-Circus-Wanty // Facebook Movistar Team

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