Nova equipa aos 36 anos, novo ímpeto na carreira. Rui Costa surge em 2023 renascido, recuperando a sua versão ganhadora, com exibições que convencem. Em quatro corridas, venceu duas, sendo que na Volta à Comunidade Valenciana juntou a vitória na última etapa à geral. O português nem hesita em salientar a importância da mudança para a Intermarché-Circus-Wanty.

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“Após a nossa brilhante performance coletiva em Mallorca, a festa continua”, salientou Rui Costa, recordando a sua vitória no Trofeo Calvia, mas também os triunfos de Kobe Goossens no Trofeo Andratx-Mirador D’es Colomer e no Trofeo Serra de Tramuntana. E sem esquecer que Biniam Girmay venceu a primeira etapa da prova na região de Valência.

Para celebrar como o momento merecia, Rui Costa nem apanhou o avião de regresso a casa!

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“Encontrei um novo ímpeto desde a minha chegada à Intermarché-Circus-Wanty. Esta equipa acredita em mim e isso motiva-me muito”, salientou o ciclista, citado em comunicado pela formação belga.

Esta é uma estrutura que tem sido conotada com o aposta em corredores mais experientes e/ou à procura de renascer nas suas carreiras. E a verdade é que tem tido sucesso, pois também sabe ter olhos para jovens talentos, como é o caso de Biniam Girmay.

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Rui Costa não vencia desde 2020, quando foi campeão nacional. Nessa mesma temporada havia ganho uma etapa no Saudi Tour – corrida há dias ganha por Ruben Guerreiro (Movistar) -, mas antes é preciso recuar a 2017 para ver triunfos no seu palmarés.

Na UAE Team Emirates ia tendo algumas oportunidades, andou perto de ganhar mais vezes, mas a cada temporada que passava perdia protagonismo.

Claramente, em boa hora, mudou de ares e mostrou que ainda tem muito para dar ao ciclismo, numa época em que passam dez anos sobre aquele sensacional 2013: vitórias em duas etapas na Volta a França, Volta à Suíça (a segunda das três que venceu) e a conquista do título mundial, em Florença.

Então estava numa Movistar que não o colocava como líder mais vezes, como Rui Costa ambicionava. Mudou-se para uma Lampre – a atual UAE Team Emirates – onde tanta vez lhe faltou o apoio que lhe era devido ao ser contratado como chefe-de-fila.

Agora, nesta fase da carreira, integrou uma equipa que, vezes sem conta, mostra como sabe funcionar como tal, respeitando hierarquias, respeitando quando é preciso trabalhar.

O próprio Rui Costa, neste início de temporada, foi líder e também soube ser gregário. Goosens, por exemplo, agradeceu ao português após a sua espetacular vitória no Trofeo Andratx-Mirador D’es Colomer, realçando como o colega de equipa português o motivou constantemente, transmitindo-lhe confiança que poderia ganhar.

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Ou seja, a experiência de Rui Costa já é valiosa em vários aspetos na Intermaché-Circus-Wanty e 2023 ainda está só a começar…

A última etapa da Volta à Comunidade Valenciana

Sobre os 93,2 quilómetros – vitória numa etapa curta e explosiva – entre Paterna e Valência, Rui Costa explicou que perdeu contacto na última subida, mas que nunca entrou em pânico.

“Consegui voltar na descida, por conta própria. A colaboração não foi perfeita na frente, porque várias equipas tinham objetivos diferentes. Nos 10 quilómetros finais motivei todos a continuar a puxar e no final conseguimos resistir ao grande pelotão que vinha atrás”, contou.

E só há uma forma de descrever a forma como está a começar a época: “Este início de temporada é simplesmente fantástico.”

Agora está de malas feitas para Portugal, pois Rui Costa vai estar na primeira edição da Figueira Champions Classic, no domingo, 12 de fevereiro, rumando depois à Volta ao Algarve (15 a 19 de fevereiro), onde terá como rival outro português e um ex-companheiro de equipa: João Almeida.

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As Cube Litening C:68X ao dispor de Rui Costa na Intermarché-Circus-Wanty

Fotografias: Photo News/Facebook Intermarché-Circus-Wanty

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