Nelson Oliveira e Rui Costa, os mais experientes corredores entre os pré-convocados, foram os eleitos do selecionador José Poeira para representar Portugal nas provas de estrada dos Jogos Olímpicos Paris’2024.

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Esta será a quarta participação em Jogos Olímpicos de Nelson Oliveira (Movistar), que conquistou uma quota extra para Portugal no contrarrelógio, com o seu sexto lugar nos Mundiais de 2023.

Além do ciclista de 35 anos, recordista de presenças olímpicas no ciclismo (Londres’2012, Rio’2016, onde foi sétimo no ‘crono’, e Tóquio’2020), José Poeira escolheu Rui Costa (EF Education-EasyPost), que se sagrou este ano, pela terceira vez na carreira, campeão nacional de fundo.

Aos 37 anos, o campeão mundial de 2013 irá participar pela terceira vez em Jogos Olímpicos, depois de um 10.º lugar no Rio’2016 e um 13.º em Londres’2012 (ambos na prova de fundo).

Os dois corredores competiram na recente Volta a França sem resultados relevantes, e apenas Nelson Oliveira se destacou ao integrar uma fuga duradoura logo na segunda etapa, em Itália, mas sem sucesso no final.

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Daniela Campos (Eneicat-CMTeam) é a eleita para o regresso das mulheres lusas à prova de estrada dos Jogos Olímpicos.

Vinte e oito anos depois da participação de Ana Barros na prova de fundo dos Jogos Olímpicos Atlanta’1996, a recém-coroada campeã nacional de fundo e contrarrelógio vai alinhar, em 4 de agosto, nos 158 quilómetros nas ruas de Paris.

Os três corredores portugueses

Nelson Oliveira
35 anos
Naturalidade: Vilarinho do Bairro, Anadia
Participações: Londres 2012, Rio 2016, Tóquio 2020
Melhor resultado: 7.º Contrarrelógio Individual, 2016
Paris 2024: Prova de Fundo e Contrarrelógio
Rui Costa
38 anos
Naturalidade: Aguçadoura, Póvoa de Varzim
Participações: Londres 2012, Rio 2016
Melhor resultado: 10.º Prova de Fundo, 2016
Paris 2024: Prova de Fundo e Contrarrelógio
Daniela Campos
22 anos
Naturalidade: Boliqueime, Loulé
Estreia em Jogos Olímpicos
Paris 2024: Prova de Fundo

Percursos e horários das provas

O programa de ciclismo de estrada de Paris’2024 abre este sábado, dia 27, com os contrarrelógios feminino (em que Portugal não estará representado) e masculino. Pela primeira vez na história dos Jogos, a distância e o percurso será o mesmo para mulheres e homens e terá 32,4 quilómetros, desde a Esplanade des Invalides até à Ponte Alexandre III.

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As corridas de fundo terão lugar no sábado, 3 de agosto, a dos homens (273 quilómetros), e no domingo, 4 de agosto, para as mulheres (158 quilómetros). Em comum apenas o desnivelado circuito citadino final, traçado em redor do Butte Montmartre e a ser completado por três vezes, num perímetro de 18,4 quilómetros.

O programa olímpico de ciclismo de estrada

Sábado, 27 de julho

13h30 – Contrarrelógio feminino / detentora do título: Annemiek van Vleuten (Países Baixos)

15h30 – Contrarrelógio masculino / detentor do título: Primoz Roglic (Eslovénia)

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Sábado, 3 de agosto

10h00 – Prova de fundo masculina / detentor do título: Richard Carapaz (Equador)

Domingo, 4 de agosto

13h00 – Corrida de fundo feminina / detentora do título: Anna Kiesenhofer (Áustria)

Os principais candidatos:

Contrarrelógio masculino:

Entre os principais candidatos às medalhas no contrarrelógio masculino estão o belga Remco Evenepoel, campeão mundial em título (2023), o britânico Joshua Tarling, campeão europeu em título (2023), derrotando Evenepoel, e o italiano Filippo Ganna, bicampeão mundial, em 2020 e 21.

Numa segunda linha de favoritismo, o belga Wout Van Aert, os suíços Stefan Kung, bicampeão europeu em 2020 e 2021, e Stefan Bissegger, campeão europeu em 2022, e o norueguês Tobias Foss, campeão mundial em 2022.

Corrida de fundo masculina:

Entre os principais candidatos às medalhas no contrarrelógio masculino estão o belga Remco Evenepoel, campeão mundial em título (2023), o britânico Joshua Tarling, campeão europeu em título (2023), derrotando Evenepoel, e o italiano Filippo Ganna, bicampeão mundial, em 2020 e 21. Numa segunda linha de favoritismo, o belga Wout Van Aert, os suíços Stefan Kung, bicampeão europeu em 2020 e 2021, e Stefan Bissegger, campeão europeu em 2022, e o norueguês Tobias Foss, campeão mundial em 2022.

A corrida de fundo dos Jogos Olímpicos, por hábito, é de desfecho imprevisível, desde o espanhol Samuel Sanchez, em Pequim’2008, a Greg Avermaet no Rio’2016 até ao mais recente Richard Carapaz em Tóquio’2020.

Em Paris, num percurso difícil e com a particularidade de não serem permitidas comunicações via rádio, os candidatos são mais do que muito, os maiores favoritos alguns, mas poderá ser uma vez mais um ‘outsider’ a impor-se.

No topo das apostas, certamente Mathieu van der Poel (Países Baixos), não apenas pelas suas enormíssimas capacidades de classicómano, mas por ter passado pelo recente Tour sem chama e sem grandes esforços, a preparar-se especificamente para aparecer no auge na corrida à medalha de ouro que ainda lhe falta ao imenso palmarés.

O mesmo poderá dizer-se do arquirrival Wout van Aert (Bélgica), que teve um Tour discreto, a apurar a forma, afetada pela paragem devido a queda na primavera, que o afastou de duas clássicas monumentos dessa fase da época (Volta a Flandres e Paris-Roubaix) que tinha como objetivos, e ainda a estreia no Giro.

Remco Evenepoel não pode ser descartado, apesar da inevitável fadiga do Tour, devendo a sua prestação na corrida de fundo depender da do contrarrelógio. Se Remco ganhar o título olímpico nesta última disciplina deverá descomprimir, enfim, e colocar ao dispor dos seus compatriotas, a começar por Van Aert.

A lista é, como já referiu, imensa e a sua descrição e análise seriam extensas. Fica, apenas, alguns dos demais principais nomes: Julian Alaphilippe (França), Tom Pidcock (Grã-Bretanha), Jasper Stuyven (Bélgica), Alberto Bettiol (Itália), Oier Laskano (Espanha), Andrey Lutsenko (Cazaquistão), Biniam Girmay (Eritreia), Jhonatan Narvaez (Equador), Toms Skujins (Letónia), Mads Pedersen (Dinamarca), Brandon Mcnulty e Matteo Jorgenson (EUA), Derek Gee (Canadá), Matej Mohoric (Eslovénia), Ben Healy (Irlanda).


Créditos da imagem: Federação Portuguesa de Ciclismo

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