Depois de em 2021 Joshua Tarling e Zoe Bäckstedt terem ficado com as medalhas de prata nos Mundiais do contrarrelógio de juniores, ambos estavam decididos em fazer melhor em Wollongong. Quando Tarling partiu para a estrada, já Bäckstedt havia realizado o seu sonho. O britânico não falhou e fez deste dia perfeito para o seu país.
Depois da desilusão de Ethan Hayter que ficou à porta do pódio em elite, do terceiro lugar do irmão, Leo, em sub-23, quando era um forte candidato ao ouro, na seleção britânica queria-se mais. Os juniores deram os títulos que pareciam estar a fugir.
🥈 2021
🥇 2022🇬🇧 Zoe Backstedt & Joshua Tarling 🇬🇧#Wollongong2022 pic.twitter.com/3dblynQWSH
— UCI (@UCI_cycling) September 20, 2022
“Queria mesmo este título depois do ano passado”, desabafou um muito aliviado Tarling após os 28,8 quilómetros do percurso australiano. Admitiu que trabalhou muito a pensar nos Mundiais, apesar de um início de temporada complicado, marcado por lesões.
“A partir do meio [da época] foi só a pensar praticamente nesta prova”, realçou. Além da subida, a parte técnica do percurso foi vista como importante para Tarling garantir que, desta feita, a camisola arco-íris seria sua.
2022 UCI Men Junior ITT World Champion! 🌈
What a ride by Joshua Tarling who improves on his silver medal from last year #Wollongong2022 pic.twitter.com/bI4MmHdQRm
— UCI (@UCI_cycling) September 20, 2022
Tirou 19 segundos ao tempo de um ansioso Hamish McKenzie. O jovem australiano bem sonhou em conquistar o título mundial em casa, mas Tarling não deixou. Ainda assim, a medalha de prata premeia um excelente contrarrelógio de McKenzie. A de bronze ficou para o alemão Emil Herzog, que fez mais 33 segundos que o vencedor.
Joshua Tarling completou a distância em 34:59 minutos, com uma média de 49,4 quilómetros/hora.
Top 20 para Tavares e Morgado
Com dois representantes, a seleção portuguesa fechou o contrarrelógio de juniores com um 19º e 20º lugar. Desta feita, Gonçalo Tavares superiorizou-se ao companheiro António Morgado.
Sempre juntos na conquista de grandes resultados ao serviço da equipa da Bairrada e cada vez mais a destacarem-se também na seleção, Morgado pode vencer mais, mas a qualidade de Tavares é inegável.
Antes de ir para os Mundiais foi anunciada que, tal como o companheiro, irá para a Hagens Berman Axeon em 2023, no início da etapa de sub-23. Esta terça-feira mostrou-se com o 19º posto no contrarrelógio, a 2:23 minutos de Tarling. Morgado fez mais dois segundos que Tavares.
“Sabemos que o contrarrelógio não é ainda o forte do António e do Gonçalo, que terão de trabalhar esta especialidade. Em percursos mais duros conseguem defender-se melhor. Mas em percursos como estes, em que a cadência é um fator preponderante, acabam por ceder mais tempo para os primeiros”, salientou José Poeira.
“Na prova de hoje, o vento foi outro elemento determinante, porque foi crescendo de intensidade. O nosso resultado acaba por enquadrar-se dentro do que é normal”, acrescentou o selecionador nacional.
A dupla volta à estrada na sexta-feira para a prova em linha (135,6 quilómetros). Terão a companhia de Daniel Lima (Bairrada), José Bicho (Almodôvar Formação/Team SCAV) e Tiago Nunes (Silva & Vinha/ADRAP/Sentir Penafiel).
Dada a diferença horária, a corrida começa às 23h15 de quinta-feira (hora portuguesa), com transmissão no Eurosport.
Classificação completas:
Também vais querer ler…
Soren Waerenskjold dá mais um título mundial de contrarrelógio à Noruega
Fotografia principal: UCI (Union Cycliste Internationale)
Fotografias portugueses: Federação Portuguesa de Ciclismo