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Partilha!Tweet Glassdrive-Q8-Anicolor controlou a etapa para colocar Mauricio Moreira na liderança. Entre os rivais, só um ciclista resistiu. Grandes diferenças na geral após esta terceira etapa. Dois anos por cá e Mauricio Moreira já tem no palmarés vitórias nas duas mais míticas subidas do ciclismo português. Este domingo venceu na Torre, sendo que há um ano foi o mais forte na Senhora da Graça. A principal diferença entre estes triunfos, é que em 2022 ficou muito bem encaminhado para conquistar a Volta a Portugal.PUB Ainda não pode celebrar. É que não só falta mais uma semana de corrida (só termina dia 15, segunda-feira) e no ciclismo tudo pode acontecer, mas houve um corredor que resistiu à tática de domínio da Glassdrive-Q8-Anicolor. Foto: Agnelo Quelhas/Podium Events Frederico Figueiredo e Moreira deixaram quase toda a concorrência para traz. Quase, porque Luís Fernandes é um osso duro de roer na montanha. É raro vê-lo passar muito mal e nesta terceira etapa ficou tão perto de vencer. Aliás, o próprio ciclista da Rádio Popular-Boavista-Paredes fez esse gesto ao cortar a meta na roda de Mauricio Moreira. O uruguaio teve um pouco mais de força naquele sprint a dois. Frederico Figueiredo trabalhou muito, até foi ele quem se lançou ainda muito cedo na subida na frente, mas não resta qualquer dúvida que a Glassdrive-Q8-Anicolor está unida em torno de Moreira. Foto: João Fonseca PhotographerPUB “Acho que ainda não caí na realidade. Só tenho uma coisa em mente, o trabalho que a equipa fez, espetacular do início ao fim. Este triunfo é praticamente do Fred [Frederico Figueiredo]. É um sonho tornado realidade ficar com a amarela da Volta a Portugal”, afirmou o ciclista no final da etapa. O “filme” esperado Não foi surpresa ver a Glassdrive-Q8-Anicolor controlar não só a subida na Serra da Estrela, desde a Covilhã, como toda a etapa. Fábio Costa e Afonso Eulálio continuam incansáveis a trabalhar no pelotão e nunca deixaram a fuga de dez ciclistas ganhar muito mais que 2:30 minutos. O objetivo era que Rafael Reis – que mal o terreno inclinou ficou para trás – “cedesse” a sua amarela a um companheiro de equipa. O “filme” esperado, com o final que a equipa desejava. A fuga começou a desfazer-se muito rapidamente mal os corredores passaram a meta volante da Covilhã e com o início oficial da subida à Torre (já se vinha em ascensão há um bom bocado). Foto: João Fonseca PhotographerPUB Estiveram na frente da corrida durante muitos quilómetros: António Barbio (Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados), Robin Carpenter (Human Powered Health), Rafael Lourenço (Atum General-Tavira-AP Maria Nova Hotel), Luís Gomes (Kelly-Simoldes-UDO), Asier Etxeberria (Euskaltel-Euskadi), Alberto Gallego (Rádio Popular-Paredes-Boavista), Barry Miller (BAI-Sicasal-Petro de Luanda), Pelayo Sánchez (Burgos-BH), Xavier Cañellas e Edwin Torres (Java Kiwi Atlántico), este último era o líder da montanha. Porém, de nada valeu a Edwin Torres ir para a fuga, pois Mauricio Moreira foi ao Alto da Torre somar os 25 pontos da única categoria especial da Volta a Portugal e é também o primeiro na classificação da montanha. Foto: João Fonseca Photographer A etapa, na luta pela geral, começou logo nos primeiros quilómetros dos cerca de 20 que fazem parte da subida na Serra da Estrela. Mas no total dos 159, que começaram na Sertã, houve muito sobe e desce para não deixar muitos ciclistas confortáveis na fase final da tirada. Uma segunda categoria, uma quarta e uma terceira “aqueceram” as pernas! A Glassdrive-Q8-Anicolor tentou controlar tudo. André Cardoso (ABTF Betão-Feirense) é que teve outras ideias. Quando António Carvalho determinava o andamento do grupo, Cardoso abriu as hostilidades. Apesar de não ter conseguido ficar no trio que acabaria por se formar na frente, o ciclista de 37 anos foi quarto na etapa. André Cardoso gosta muito da subida à Serra e ficou claro que não quer passar despercebido nesta Volta. Foto: João Fonseca PhotographerPUB Frederico Figueiredo foi o primeiro da Glassdrive-Q8-Anicolor a ir para a frente, tendo acabado com a tentativa de Luís Gomes em ir sozinho (bem tenta brilhar na Torre). Moreira tentou que Luís Fernandes trabalhasse, mas o português soube resistir à tentação de esgotar energias na perseguição à frente da corrida. Aguardou que Moreira fizesse o esperado: ir lutar pela etapa. Assim foi. Depois, manteve-se na expectativa atrás da dupla da Glassdrive-Q8-Anicolor até aos 400 metros finais. Fernandes atacou, mas o uruguaio tem demonstrado desde o primeiro dia que está muito forte. Foto: João Fonseca Photographer O diretor desportivo não poderia estar mais satisfeito com o trabalho coletivo. “Foi um grande dia, toda a equipa esteve bastante bem. Foi um grande trabalho do Rafael Reis, Afonso Eulálio, do Fábio Costa, António Carvalho, Javier Moreno e especialmente do Frederico Figueiredo, que fez uma grande subida. Toda a equipa está de parabéns”, afirmou Rúben Pereira. Grande diferenças Dos possíveis rivais de Moreira, só Luís Fernandes pode sorrir. Está em terceiro na geral, a 31 segundos, mais um que o segundo classificado, Figueiredo. Alejandro Marque (Atum General-Tavira-AP Maria Nova Hotel) – vencedor na Torre na edição passada – é quarto na geral, mas já a uma distância difícil de eliminar. 2:10 minutos não são animadores até na luta pela pódio. Ainda assim, a equipa algarvia esteve em bom plano, pois Emanuel Duarte e Delio Fernandez estiveram muito tempo com Marque e os três acabaram o dia no top dez. Foto: João Fonseca Photographer Este é fechado por Jesus Del Pino (Aviludo-Louletano-Loulé Concelho), a 5:03. O menos mal para a outra formação do Algarve, que viu Vicente García de Mateos falhar por completo e perder mais de 12 minutos. Porém, a grande derrotada do dia é a Efapel de José Azevedo. Joaquim Silva cortou a meta a mais de 16 minutos, com Henrique Casimiro a ser o melhor. Apesar de um furo pouco antes da chegada à Covilhã, que o obrigou a despender muita energia para recolar no pelotão, foi o melhor da equipa. Mas estar na geral a 6:58 minutos do líder é um rude golpe nas aspirações da estrutura que este ano se estreia no pelotão nacional. Tiago Antunes também não esteve bem. Tem 7:23 para recuperar. Top dez após a terceira etapa Mauricio Moreira (Glassdrive-Q8-Anicolor), 13:59:44 horas Frederico Figueiredo (Glassdrive-Q8-Anicolor), a 30 segundos Luís Fernandes (Rádio Popular-Paredes-Boavista), a 31 Alejandro Marque (Atum General-Tavira-AP Maria Nova Hotel), a 2:10 minutos António Carvalho (Glassdrive-Q8-Anicolor), a 2:12 André Cardoso (ABTF Betão-Feirense), a 2:19 Delio Fernandez (Atum General-Tavira-AP Maria Nova Hotel), a 2:33 Emanuel Duarte (Atum General-Tavira-AP Maria Nova Hotel), a 3:32 Jokin Murguialday (Caja Rura-Seguros RGA), a 3:44 Jesus Del Pino (Aviludo-Louletano-Loulé Concelho), a 5:03 Foto: João Fonseca Photographer As camisolas Moreira tem a amarela e a das bolinhas da montanha. Murguialday – o único entre as equipas estrangeiras a ficar mais perto da frente da corrida na Serra da Estrela – é o novo líder da juventude (camisola branca). Já Scott McGill (Wildlife Generation) segurou por um ponto a verde dos pontos. Moreira está em segundo, já que tem estado sempre na discussão das etapas. Seja lá qual for o tipo de terreno. Folga precisa-se… mas falta um dia Terça-feira o pelotão irá descansar em Viseu, mas antes ainda falta uma etapa. Menos montanha, mas ainda assim, não é uma tirada com um percurso plano. Vamos até à Guarda para começar a quarta etapa, com Viseu como ponto de chegada (169,1 quilómetros) . Com constante sobe e desce é dia que exigirá atenção aos candidatos à geral, para não haver surpresas. Haverá três contagens de montanha: Broca (56,5 quilómetros – terceira categoria), Penedono (90,2) e Aguiar da Beira (123,8), ambas de quarta categoria. As metas volantes estarão colocadas em Pinhel (29,2), Sernacelhe (108,2) e Sátão (147,7). Classificações completas: https://www.procyclingstats.com/race/volta-a-portugal/2022/stage-3 Foto principal: Agnelo Quelhas/Podium Events
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