Com estes novos “eventos meteorológicos” imprevisíveis, o mau tempo fora de época é quase uma constante. A chuva pode aparecer sem aviso, como está a acontecer este mês, por exemplo, e por vezes até de forma intensa. Esta é uma altura em que todos queremos pedalar o mais possível, por isso deixamos aqui algumas dicas para andar de bicicleta à chuva… São sempre úteis, certo? E as “soluções” estão na antecipação, na preparação em termos connosco o equipamento mais adequado.

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A meio de um treino ou volta, a chuva forte pode ser um verdadeiro problema… Ficamos com frio, as estradas estão molhadas e tudo o que constitui perigo normalmente passa a ser bem mais perigoso… E, apesar dos avisos meteorológicos, as previsões podem sempre falhar.

Nota importante: nestas dicas ficamo-nos essencialmente na vertente do ciclismo de estrada e também nas deslocações de bicicleta urbanas, principalmente porque andar no meio dos carros requer ainda mais cuidado. Mas estes conselhos podem ser tidos em conta também para o BTT e gravel.

1. Não ignores as previsões de chuva…

Saber o que nos espera durante uma volta de bicicleta na estrada é fundamental para irmos de forma despreocupada, certo? Então, mais do que ver como vai estar o tempo através do teu site preferido de metereologia, é preciso que acredites mesmo nele!

Se as condições de tempo previstas para essa zona estiverem efetivamente más, não arrisques, equaciona ficar em casa. É possível que a previsão falhe e fiques aborrecido porque podias ter ido, mas mais vale prevenir, em nosso entender, do que passar um mau bocado mais tarde.

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Se utilizas a bicicleta como meio de transporte, há outro ponto a ter em conta: o timing do regresso. As condições do tempo podem ser muito diferentes à volta face ao que encontras na ida, por isso deves decidir em função disso.

Aqui ficam alguns sites onde normalmente consultamos as condições meteorológicas (pesquisar no Google também funciona bem):

2. Leva o equipamento necessário…

Nestes dias de instabilidade do tempo, aguaceiros fortes podem surgir quando menos esperamos. Por isso, levar um impermeável no bolso da jersey não custa muito, pois não? E esta peça de vestuário, normalmente bastante leve e possível de dobrar, pode ser a nossa “salvação” em caso de chuva repentina ou vento inesperado.

Se não tens um impermeável para este efeito, procura algo que ocupe pouco espaço e seja prático. Para o inverno podes ter algo mais caro e mais capaz, mas para estas situações fora de época, por assim dizer, o mais básico servirá.

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Por outro lado, os óculos. Se for um modelo com lentes fotocromáticas também ajudará na eventualidade de o tempo escurecer de repente ou as condições de visibilidade piorarem.

3. Leva luzes! E mais?

Nunca é demais relembrar que, na eminência de o tempo ficar mais “escuro”, levar luzes é sempre boa ideia. Tornam-te mais visível na estrada em caso de chuva forte.

Mais? Guarda-lamas. No caso das bicicletas urbanas, ele já deve fazer parte da estrutura de origem. Nas de estrada já é bem mais raro vermos o uso deste acessório, mas não é impossível nem descabido, no fundo. Em BTT é algo habitualmente visto. Fica a dica.

Por outro lado, antes de arrancares podes dar uma vista de olhos à bicicleta, também: certifica-te que a corrente não está seca, verifica o estado dos cabos e orifícios do quadro (para que não entre água a mais para dentro do mesmo, prevenindo a oxidação), vê se os pneus estão em bom estado. Podes mesmo baixar-lhes um pouco a pressão caso julgues que podes ter assim mais aderência ao asfalto em caso de piso escorregadio devido à água.

4. Redobra a atenção na estrada…

Atenção máxima em caso de temporal! Com vento e chuva fortes, evita locais onde posso ocorrer a eventual queda de troncos, raízes, placas de sinalização, etc. Quando as coisas ficam mais “feias”, é preferível continuares a pedalar e andar, sempre com cautela redobrada. Mas, se for demais, pensa em abrigar-te algures durante uns minutos… Evita as marcações brancas das estradas, que podem fazer escorregar a bicicleta, e antecipa as travagens e as viragens.

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Evita sempre as poças de água, principalmente as maiores, porque estas podem esconder buracos de profundidade desconhecida e provocar uma queda. Sinaliza e faz sempre por ser visto nas manobras que efetuas.

Respeita sempre as regras de trânsito, pois as más condições também afetam os outros utilizadores da estrada e a possibilidade de não seres visto aumenta. E não te esqueças de levar o telemóvel (com a bateria carregada!) e alguma comida e bebida extra, a volta poderá durar mais do que esperas…

5. Minimiza o ‘estrago’…

Pronto, apanhaste uma bela chuvada durante a volta, mas finalmente estás de volta a casa são e salvo. Um bom duche, reaquecer o corpo, e já está. Então e a bicicleta? Lavar, desengordurar, secar bem. Voltar a lubrificar a corrente.

Se tens um sistema de transmissão eletrónico, nada temas: normalmente estes conjuntos estão mais do que preparados para resistirem à água. Certifica-te apenas que na lavagem à pressão não apontas o jato de água diretamente aos componentes. No final, seca tudo muito bem.

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Artigo redigido por José Escotto e editado por Jorge Lopes. Caso detetes algum erro ou tenhas informação adicional que enriqueça este conteúdo, por favor entra em contacto connosco através deste formulário.


Imagens: Aemet // Garmin // Jumbo-Visma // Ineos Grenadiers // Scott-Syncros // Vittoria // FoodCoach // David Stockman (Getty Images)

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