Mark Cavendish prepara-se para estrear-se com a camisola do Astana Qazaqstan em competição. Contratação sonante tardia da equipa cazaque, o velocista britânico iniciará a sua 17ª temporada profissional no Tour de Omã, entre o próximo sábado (dia 11) e quarta-feira (15).

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“Em 2023, o objetivo é… vencer. Não uma vitória em especial, apenas vencer! Posso continuar a pedalar na minha bicicleta e se posso continuar a ganhar, então porque não fazê-lo?”, afirmou o corredor que conta com 161 vitórias na carreira, numa longa entrevista ao The Times.

Cavendish assinou pela Astana após ter estado perto de rubricar pela B&B Hotels-KTM, do seu antigo companheiro de equipa Jérôme Pineau, mas a equipa francesa envolveu-se em problemas financeiros insanáveis, acabando por fechar portas.

“Fiz um pré-acordo com a B&B em julho. O Jérôme Pineau estava empenhado que eu fosse para a equipa, e eu sabia que ele estava a esforçar-se, do fundo do coração, para que o projeto desse certo, mas chega uma altura, em dezembro, em que é preciso treinar corretamente e com tranquilidade para a próxima temporada. E aí, não saber onde iria correr deixou-me um pouco nervoso. Felizmente, tinha outras opções”, contou o corredor de 37 anos.

Mark Cavendish escolheu a oferta de Alexandre Vinokourov, o diretor geral da Astana, que, segundo o recordista de vitórias em etapas na Volta a França em igualdade com Eddy Merkx, disse-lhe as palavras certas para convencê-lo.

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“Conversámos sobre o que aconteceria se eu não conseguir vencer, como se espera, como eu espero, e ele serenou-me: ‘Não importa. Se não vencermos, não vencemos. Mas continuaremos sempre a tentar’, respondeu-me”, contou “Maxman”.

“Na equipa Astana sinto-me respeitado pelo que conquistei e pelo que poderei ainda alcançar, e também sou respeitado como pessoa. Foi bom conversar com Vino [Vinokourov], porque senti que não tinha de dar-lhe grandes explicações, seja em relação à minha carreira ou à minha idade”, acrescentou.

Cavendish falou ainda sobre o seu grande objetivo da temporada 2023, o Tour, que poderá preparar com tranquilidade. “Na Bahrain, e mesmo na Quick-Step, não consegui estabelecer um objetivo ou preparar-me para ele. Esta é a primeira vez que posso definir uma meta e trabalhar sem pressão para alcançá-la. Desta vez, sinto que não tenho de provar nada”, concluiu o britânico.

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Fotografias: Twitter Astana Qazaqstan Team

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