A sensação do fim de uma era aumenta. Alejandro Valverde, Vincenzo Nibali, Philippe Gilbert, Richie Porte e agora Niki Terpstra. De uma forma ou de outra, como mais ou menos vitórias, foram ciclistas que deixaram a sua marca no ciclismo. Terpstra venceu grandes clássicas, mas também se tornou num dos exemplos gritantes de uma espécie de maldição.

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Não, não é a do arco-íris. Tersptra nunca foi campeão do mundo. É mesmo a espécie de maldição que afeta corredores que passaram pela estrutura da atual Quick-Step Alpha Vinyl: quando saem deixam de ser ser ciclistas ganhadores.

O neerlandês teve a melhor fase da sua carreira precisamente na equipa belga, que representou entre 2011 e 2018 (começou a carreira em 2003). Pode não ser o primeiro nome que vem à cabeça quando se fala de especialistas em clássicas. Mas estamos perante alguém com um currículo que não é para todos.

Venceu os dois monumentos do pavé: Paris-Roubaix (2014) e Volta a Flandres (2018). Harelbeke, Le Samyn, Através das Flandres também fazem parte do seu palmarés. Em provas por etapas, venceu o Eneco Tour, em 2016, por exemplo.

Foi o homem dos ataques de longe, não tendo receio para longos quilómetros a solo se tal fosse preciso para vencer. Foi também um leal gregário, sempre que chamado a esse trabalho.

Era um ciclista que Patrick Lefevere muito apreciava. Porém, quando a equipa não atravessou um momento de grande saúde financeira, o diretor da estrutura viu-se forçado a não renovar com alguns ciclistas. Terpstra foi um deles.

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Lefevere lamentou a sua saída. O neerlandês não mais se viu ao nível que apresentou na Quick-Step.

A TotalEnergies, do segundo escalão, recebeu Terpstra, na esperança que pudesse ser um ciclista que desse o impulso para a equipa apontar eventualmente a uma subida ao World Tour.

A primeira temporada ainda contou com alguns pódios, mas Terpstra foi aos poucos eclipsando-se no pelotão. Algumas quedas também foram estragando os seus objetivos.

Aos 38 anos, Terpstra poderia continuar no ativo. Tinha convites. Mas optou por colocar um ponto final nesta fase da sua vida.

Deixou uma mensagem algo enigmática: “Ainda não terminei com o ciclismo.” Já não é segredo que Terpstra é mais um ciclista de estrada rendido ao gravel…

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“Apesar das opções para continuar, sinto que é o momento para fechar este incrível capítulo da minha carreira e focar-me em novos desafios”, escreveu no Instagram.

O ciclista salientou que nunca imaginou que quando começou a andar de bicicleta aos oito anos, iria fazer parte do pelotão profissional “e competir e todas as corridas icónicas”. E claro, “ganhar monumentos como Paris-Roubaix e Volta a Flandres é ainda incrível”, quando Terpstra recorda esses triunfos marcantes.

Podes ler a mensagem completa em baixo (em inglês) e ver o vídeo com que Terpstra anunciou o final de carreira. Ainda vai competir em mais algumas corridas de um dia esta época e, certamente, com o desejo de se despedir em grande.

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E agora Quick-Step Alpha Vinyl?

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Fotografias: TotalEnergies

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