É um quinteto de juniores portugueses que faz acreditar num bom resultado nos Mundiais. A corrida dos mais novos vai abrir a fase das provas em linha em Wollongong e Portugal tem razões para ambicionar em estar na luta pelos lugares cimeiros.

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Tanto a experiência ganha no ano passado, como em todas as provas da Taça das Nações em 2022 que estes jovens foram fazendo, vão agora culminar na prova na Austrália que se realiza na noite desta quinta-feira para sexta (numa perspetiva de horários europeus, claro – início às 23h15).

António Morgado, Daniel Lima, Gonçalo Tavares, José Bicho e Tiago Nunes. São os ciclistas eleitos por José Poeira, um selecionador que acredita que podem estar na discussão da corrida de 135,6 quilómetros.

“Essas corridas deram-nos a experiência necessária para encararmos com mais confiança o Campeonato do Mundo, embora tenhamos noção de que esta é uma prova especial”, começou por dizer José Poeira.

“Poderíamos ter o mesmo pelotão e o mesmo percurso, mas se a corrida tivesse outro nome já não seria a mesma coisa. O Campeonato do Mundo é especial, porque todas as seleções estão na máxima força e todos os corredores querem brilhar mais aqui do que em qualquer outro lado”, acrescentou.

O monte Pleasant (1100 metros com inclinação média de 7,7% e vários troços acima dos 10%) será uma subida crucial, mas não é o único ponto em que será preciso não falhar.

“É uma subida curta e irregular, com níveis diferentes de inclinação, mas com algumas rampas muito íngremes. Por ser curta, não é uma subida que permita recuperações. Quem tiver ambição não poderá estar mal colocado, pensando que pode ganhar posições na subida, porque esta não tem extensão suficiente para isso”, explicou o selecionador.

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O circuito urbano também requerá atenção: “Um pelotão alongado poderá ter mais meio quilómetro entre a parte da frente e a de trás. Quem precisar de ganhar posições não terá tarefa fácil e, a consegui-lo, vai acumular um desgaste que poderá ser marcante na hora das decisões. Isto fará com que toda a corrida seja muito intensa.”

António Morgado e Gonçalo Tavares são ciclistas em destaque – preparam-se para em 2023 correr pela Hagens Berman Axeon – e há um ano, na Flandres, foram os únicos juniores portugueses a terminar a corrida. Porém, José Poeira destacou que houve uma evolução de todos.

“No ano passado os nossos corredores ainda não tinham experiência ao mais alto nível, perante os adversários e as seleções mais fortes do mundo. Agora é diferente”, afirmou.

“Ao longo dos últimos meses competimos muito na Taça das Nações e toda a equipa demonstrou sempre qualidade e capacidade para trabalhar coletivamente e discutir as corridas. O nosso objetivo para este Mundial é demonstrar mais uma vez essa capacidade”, concluiu.

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Fotografia: Federação Portuguesa de Ciclismo

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