John Degenkolb pode estar há muito afastado da sua melhor fase na carreira. Porém, aos 34 anos, não deixa de ser um dos grandes nomes do ciclismo, com um palmarés que inclui monumentos (Milano-Sanremo e Paris-Roubaix) e 10 etapas na Vuelta. E também uma na Volta ao Algarve…

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“Ganhei lá há tanto tempo… No meu primeiro ano [no World Tour]”, recordou Degenkolb ao GoRide. Foi em 2011 que então um jovem alemão, ciclista promissor da tão conhecida HTC-High Road. Então, bateu o americano Tyler Farrar e outro corredor a tentar singrar ao mais alto nível: o australiano Michael Matthews.

“Gosto da Volta ao Algarve. Tenho boas memórias e é uma corrida com um percurso bom para se começar a ganhar ritmo no princípio ano”, salientou.

Um acidente durante o estágio de início de ano em Espanha, em 2016 – foi um dos ciclistas da então Giant-Alpecin (atual DSM) a ser atropelado -, teve uma profunda influência na sua carreira, sendo que a vitória de etapa na Volta a França em 2018 foi especial para quem tentava regressar ao seu melhor. Mas não conseguiu repetir o sucesso.

Dengenkolb nunca perdeu a motivação de continuar e, aos 34 anos, garantiu que continua motivado, ainda que veja como difícil alcançar novamente um grande triunfo: “Não estou a ir para novo e é cada vez mais difícil competir contra os mais novos. Eu dou sempre o meu melhor e continuo a desfrutar muito do ciclismo. Isso, para mim, é o mais importante.”

De jovem promessa na Volta ao Algarve em 2011, a ciclista mais velho e experiente na DSM em 2023. E estamos a falar de uma equipa em que 22 dos 30 corredores que a compõem têm 25 anos ou menos.

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“Acho que é uma equipa que tem muito potencial, principalmente com os ciclistas para os sprints. Acho que está aqui algo para o futuro e que pode tornar-se numa das melhores equipas nos sprints”, frisou.

O exemplo foi dado já esta época: Sam Welsford venceu duas etapas na Volta a San Juan, enquanto Marius Mayrhofer, homem mais de clássicas, mas também com capacidade para certos sprints, a conquistar a Cadel Evans Great Ocean Road Race.

E admitiu: “Aqui sou o mais velho e é giro ter todos estes jovens ciclistas em meu redor. Tenho a sensação que vai ser um bom ano desportivo.” Apesar de passar muita da sua experiência aos seus companheiros, também aprende com a juventude.

Dá exemplos: “Estar novamente ‘fresco’, estar com fome, estar completamente motivado e comprometido. Isso é muito bom ver na maioria dos ciclistas que chegam à equipa. Eles estão cheios de força. Eles nem sabem o quanto são fortes, mas se forem utilizados na forma certa, podem ter sucesso no imediato.”

John Degenkolb será uma das figuras do World Tour na Volta ao Algarve que arranca esta quarta-feira em Portimão, com a etapa a terminar precisamente onde conquistou a vitória que ainda recorda: Lagos.

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Fotografias: Facebook Team DSM

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