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Partilha!Tweet Após quase três meses de utilização, algumas impressões sobre estas (muito eficazes) rodas Fulcrum para bicicletas de BTT nas vertentes de XC e downcountry. Quando é que começamos a pensar numas rodas novas para a nossa BTT? Quando achamos que está na altura de tornar mais leve, resistente e/ou confortável a bicicleta, que de origem não trouxe o par de rodas que gostaríamos de ter. Certo? Então, refira-se desde já que estas rodas Fulcrum para bicicletas de XC e downcountry cumprem perfeitamente esses desígnios.PUB Mas antes fica uma nota prévia às nossas impressões de como as Red Zone Carbon se comportam nos trilhos. Gostamos de apreciar produtos que tenham sido pensados ao detalhe para cumprirem determinado propósito ou desempenharem com sucesso certa função. É por isso que gostamos destas rodas: porque nos parece que cada pormenor foi desenvolvido com esse cuidado e preocupação. Isto não quer dizer que outros fabricantes não o façam, mas neste caso nota-se bem. Dizemos isto por várias razões, a principal delas a forma como foi concebido o design tendo em vista quatro características que são efetivas nestas rodas Fulcrum: a estética apelativa, a forma como o design favorece o conforto, a leveza e a resistência. Começamos pela leveza. Os aros são feitos de carbono, naturalmente, pelo que estas rodas mais leves que a grande maioria das rodas de alumínio. Pesam 1.445 gramas no total do conjunto, sem cassete e outros elementos, com cubos incluídos.PUB Fulcrum Red Zone Carbon | Unlocking The ElementsWatch this video on YouTube Estamos a testar estas rodas numa Scott Spark RC Team de 2022 e, face às rodas de alumínio que estão de origem nesta bicicleta, foi efetivamente possível retirar 500 gramas ao peso total. Estas é a versão em que a roda traseira conta com cubo com compatibilidade Shimano Microspline 12x (HH15-110 Boost em ambos os eixos), que corresponde ao preço mais elevado do modelo. Custam 1.447 euros, sendo que as versões com cubos Shimano HG 11x e Sram XD custam 1.434 euros. Assim, escusado será dizer que com estas rodas, e face ao passado, notamos a bicicleta mais leve, efetivamente, com os benefícios conhecidos que daí advêm. Mesmo sabendo que estas não são as rodas de 29” em carbono mais leves do mercado, gostamos das sensações transmitidas.PUB Nota ainda para o facto de termos montado também neste par de rodas um conjunto de mousses tubeless Vittoria Air-Liner Light que já usávamos nas rodas anteriores. Nada a assinalar na montagem de todos os elementos: rodas, pneus, mousses, cassete… Design assimétrico Conversa feita sobre o peso, que é talvez o mais importante, e falemos do design das Fulcrum Red Zone Carbon. Foi com estas rodas que a marca italiana regressou aos produtos deste género para bicicletas de BTT e fez questão de criar algo especial. Está um bom trabalho, em geral. Toda a construção dos aros, em carbono, demonstra robustez, algo que nem sempre acontece em rodas de BTT feitas com este material. Já fizemos mais de 700 kms com estas Fulcrum, seguramente, e após inspeção atenta podemos afirmar que não há nem sinal de desgaste ou de material a ceder. A descer temos uma sensação em tudo idêntica à que tínhamos antes com as rodas de alumínio, e falamos de resistência. Não sabemos como se comportarão ao longo do tempo e a partir da escrita deste artigo, mas até agora a performance é muito satisfatória, pelo que se afiguram como uma solução válida para bicicletas de XC e/ou downcountry sem problemas. Ainda sobre a construção, a largura interior dos aros, que são tubeless ready de origem, é de 28 mm (perfil com 26 mm de altura), com largura externa de 33 mm perfeitamente adaptada àquilo que é o BTT moderno, por assim dizer. O sistema 2-Way Fit ajuda a reduzir eventuais perdas de ar junto às válvulas, garante a marca. Todos os restantes elementos feitos de alumínio “casam” bem com o conjunto, sendo eles as referidas válvulas tubeless (incluídas no pack, como se pode ver pelas imagens), os cubos e os raios, por exemplo, que neste caso são em aço inoxidável e não em alumínio, também como um design diferente. São 24 na roda da frente e 28 na de trás, fruto de todo um design assimétrico que os aros assumem.PUB Esteticamente, esta assimetria fica “a matar” em qualquer bicicleta, isso é certo. Dá um look diferente, até irreverente, e bastante exclusivo. Falamos de uma assimetria dupla de 6 mm que alterna com 3,5 mm na zona de cada raio. Basta atentar bem nas fotos e no vídeo acima para se perceber como é. Como é que a Fulcrum justifica ter feito as coisas desta forma? “A primeira assimetria destina-se a otimizar a posição dos raios no lado em que são mais afetados pela torsão, supostamente, e para que estes atinjam um ângulo similar tanto do lado direito como do esquerdo”. “Quanto à segunda assimetria referida, é usada para conseguir um posicionamento do raio que passe o mais perto possível do centro dessa secção geométrica”. Basicamente, e na prática, garante a marca que isto serve acima de tudo para tornar a construção em carbono mais resistente e menos propícia a danos causados pelas forças do andamento, do peso, dos impactos. O acabamento Direct Inmold Matt Finish (DIMF) também dá uma ajuda neste capítulo, pois parecer bem à vista é algo que também conta. Todo o aro é negro, com o símbolo da marca a vermelho. Por outro lado, e apesar de isto ser algo que na prática não conseguimos “sentir” nos trilhos, é igualmente interessante a ideia de a fixação dos raios ao os aros ser feita através de um sistema magnético, o MoMag. Assim, os aros não têm os tradicionais orifícios por dentro, onde “trabalham” os nipples que seguram cada raio. Em teoria, isto torna as rodas de carbono mais resistentes, menos propícias a racharem com impactos, por exemplo, e os raios também ficam com a tensão certa durante mais tempo. Na prática, um dos pontos que se podem constatar é que este sistema faz com que talvez possamos dispensar as fitas internas anti-furo na montagem. Menos peso. Ajudar a absorver… … o que vem do chão. Ou seja, estas Fulcrum e o carbono com que são feitas auxiliam na missão da bicicleta em ser capaz de “assimilar” as vibrações e os impactos que nos chegam dos obstáculos presentes no terreno, nos trilhos. E isto faz com que sintamos que a bicicleta está mais confortável quando em comparação com os momentos em que andávamos com rodas de alumínio. Da mesma forma, a boa largura dos aros, e consequentemente do pneus que podemos usar (desde que o quadro da bicicleta tenha clearance para isso, entre 2.2” e 2.4”) torna o andamento mais estável, de certa forma, o que se nota especialmente nas curvas feitas um pouco mais depressa e em terreno “falso”. Boa “suavidade”. Por outro lado, os cubos surpreendem por ajudarem as rodas a darem à bicicleta um belo rolar, mais fluido, e silencioso. Não vem ruído algum da roda de trás quando não estamos a pedalar, algo que acontece insistentemente com muitas rodas que já experimentámos, incluindo até alguns modelos topo de gama mais caros. O nosso veredicto Na verdade estávamos um pouco céticos em relação a estas Red Zone Carbon, pensando até que ponto o seu design e características fariam a diferença na bicicleta. Mas isso foi até as termos montadas e começarmos a “bater” kms com elas… Relativamente leves (opção razoável para quem procura apenas tirar peso…), robustas, confortáveis e bem reativas, algo que se nota especialmente a subir em trilhos mais técnicos e acidentados. Aliás, se o nosso termo de comparação for o mais pesado alumínio, então aí a vantagem e a diferença são claras como água. Não deixam sensação de fragilidade, aguentam-se perfeitamente ao desafio do BTT XC mais “abusado”, com algumas descidas mais exigentes. Lembramos que não se trata de um modelo para bicicletas de trail, pelo que saltos mais “exagerados” não serão recomendados… Muitas tecnologias no desenvolvimento e conceção, e um design que do nosso ponto de vista é bastante apelativo e com excelente performance até à data. Imagem de uma das partes da caixa das rodas. Por fim, confessamos que se torna difícil encontrar aspetos menos positivos nestas rodas da Fulcrum. Dois deles poderiam ser dois pontos relacionados com o design: o facto de o design assimétrico não agradar a todos, e também o facto de o acabamento mate não dar aquele look mais “brilhante” e polido às rodas. Há quem prefira. Por outro lado, podemos achar que estas Fulcrum deveriam ser um pouco mais leves tendo em conta o preço pedido, pois neste patamar de valores há “concorrência” a marcar menos gramas na balança… Mas isto não “belisca” em nada o ótimo feeling que estamos a ter com as rodas. Ficha técnica das rodas Fulcrum Red Zone Carbon: Peso: 1.445 gramas Material dos aros: carbono Perfil/altura: 26 mm (assimétricos) Largura: 33 mm Largura interna: 28 mm Compatibilidade eixos: HH15-110 Boost Material dos raios: aço inoxidável Quantidade de raios: 24 na roda da frente, 28 na roda de trás Válvulas: alumínio Peso máximo do ciclista: 125 kg Cubos em opção: XD, HG11, MS12 Preço: 1.447 euros Mais info: www.fulcrumwheels.com https://redzonecarbon.fulcrumwheels.com Distribuição em Portugal: www.jasma.pt Todas as imagens: Neste teste: Texto e teste: Jorge D. Lopes Fotos e vídeo GoRide: Jorge D. Lopes Rider no vídeo e nas fotos: Nuno Granadas Lê também: Rodas Fulcrum Red Zone 5 e Red Metal 5, novos modelos para BTT Novas rodas Fulcrum Red Zone para regressar à ‘ação’ [com vídeo] Caso detetes algum erro ou tenhas informação adicional que enriqueça este conteúdo, por favor entra em contacto connosco através deste formulário.
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