Vinte e quatro anos depois do título de Romans Vainsteins em Plouay, Toms Skujins não esteve longe, no domingo em Zurique, de trazer a segunda medalha mundial para a Letónia na prova de fundo de elite.

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O corredor de 33 anos falhou o pódio, apenas atrás de Tadej Pogacar (Eslovénia), Ben O’Connor (Austrália) e Mathieu van der Poel (Países Baixos). E se, do lado da Letónia e da sua Federação, não se questiona, de todo, o primeiro e segundo lugares obtidos por Pogacar e O’Connor, é diferente do terceiro lugar conquistado por Van der Poel, e isto por um ato que foi captado pelas câmaras de televisão e que deveria, segundo os dirigentes letões, ter custado a desclassificação ao ex-detentor da camisola arco-íris.

A 58,4 quilómetros da chegada, Mathieu van der Poel chegou a rodar alguns metros no passeio para ultrapassar os adversários, o que é formalmente proibido pelos regulamentos da União Ciclista Internacional (UCI). Esta manobra, potencialmente perigosa para o corredor, para os seus adversários, mas também para os espectadores, foi denunciada pela Federação de Ciclismo da Letónia numa carta aberta dirigida à UCI poucas horas após o final do Campeonato do Mundo.

A carta aberta da Federação Letã de Ciclismo (LRF) à UCI

“De acordo com os regulamentos da UCI, um corredor que salte para o passeio e coloque em perigo o público ou outros corredores deve ser imediatamente desclassificado e ser sancionado com uma multa de 1000 francos suíços. Neste caso, nem sequer foi aplicada uma multa a Van der Poel, que colocou os espectadores em perigo, manobra constantemente penalizada com desclassificação, como vimos com Marlen Reusser em Ghent-Wevelgem 2024 ou Luke Rowe na Volta à Flandres 2018”, recorda a LRF, que relata depois as explicações dadas pelos comissários da UCI após a corrida.

“Tentámos discutir a situação com os comissários da UCI. Um deles disse que tinha visto a situação, mas que não era suficientemente perigosa para ser punida”.

“Como federação relativamente pequena, estamos preocupados com esta decisão. Apelamos à UCI para que aplique as suas próprias regras de forma consistente para garantir a segurança e integridade do ciclismo. Aguardamos uma explicação da UCI sobre esta decisão para evitar situações semelhantes, se deixarmos isso acontecer, haverá mais riscos durante as corridas, e ninguém quer isso”, é a conclusão desta carta enviada pela de federação da Letónia à UCI.

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Créditos: captura de imagem televisiva

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