Paulo Freitas (Polisport/Catlike/GoRide) teve a honra de ser o único atleta português presente nesta edição do Titan Desert.

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E fez uma prova fantástica: 30º à geral, 13º no escalão M40 e pódio (2º lugar!) na categoria Adventure, que não inclui assistência física e/ou mecânica.

Este especial Titan Desert é composto por quatro partes:

A entrevista Paulo Freitas, colaborador GoRide.pt e representante das nossas “cores” no Titan Desert Almería 2020:

Como foi este Titan em geral? Conseguiu-se a “mística” de Marrocos?

Foi espetacular, até porque adoro provas por etapas. Gostei de tudo, desde a logística a preparar antes da prova até ao que é preciso tratar todos os dias em cada etapa. A gestão do esforço ao longo da semana, a alimentação em prova, a adrenalina. Tudo é incrível!

O Titan tem essa “mística” que adoro; é difícil explicar, é algo que tem de ser vivido. Faço sempre grandes amigos neste evento, o companheirismo e solidariedade entre os participantes é algo que ainda não vi em mais lado nenhum.

Titan Desert

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E como foi este ano ao nível da dureza dos percursos?

Foi uma prova muito dura. Uma das etapas teve mesmo de ser neutralizada, pois estávamos a 2.000 metros de altitude e faziam-se sentir terríveis condições climatéricas: granizo, vento, nevoeiro e muito, mesmo muito, frio.

O desafio correspondeu ao que esperavas?

Esta edição foi no geral uma prova muito rolante, como todos os Titan, no fundo. Não sendo a minha “praia”, acabei por adorar cada etapa e ter um desempenho que considero positivo.

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Mas o mais importante foi sentir nos cinco dias uma boa condição física, com sofrimento aceitável, o que me permitiu desfrutar de cada metro dos fantásticos trilhos que a organização nos reservou.

Isso quer dizer que te superaste…

Na verdade, a classificação é o menos importante nestas provas, que valem essencialmente pela aventura que constituem. Mas no final é sempre bom ver o esforço de meses de preparação e as privações serem recompensadas em números!

Quando em 2017 alinhei no Titan Desert em Marrocos, o objetivo era terminar!

Este ano, contudo, fui com um pouco mais de ambição. Mas o resultado foi muito acima do que alguma vez esperei: alinhámos 400 atletas e acabei em 30° à geral, em 13° em M40 e em 2° na categoria Adventure.

Uma categoria apenas para os “duros”, certo?

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Nesta categoria Adventure, ao final da 2ª etapa estava na liderança, posição que perdi por escassos dois minutos ao fim de mais de 16 horas de prova…

Esta é uma classe em que não se pode ter assistência mecânica na bicicleta, nem tão pouco assistência médica ou de fisioterapia/recuperação ao atleta.

Com mecânico a apoiar e massagem para recuperar iria ser fácil demais, por isso fiz tudo 100% em autonomia!

Lê também as restantes partes deste Especial Titan Desert:

E também o artigo que publicámos quando a prova chegou ao fim:

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