Já por aqui falámos em pormenor da nova Aurum Magma, que foi ontem lançada e que tivemos oportunidade de experimentar na apresentação oficial em Madrid recentemente. Foi lado a lado na estrada com Alberto Contador que andámos com este novo modelo, mas, um pouco antes disso, houve tempo para trocar algumas palavras com o ex-ciclista e co-criador da Aurum.

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Foi-nos possível mais tarde “sentir” a bicicleta a todos os níveis, mas nada como ouvir os comentários do próprio Contador, que nos revelou um pouco mais sobre o desenvolvimento da nova Magma. Basicamente, contou-nos aquilo que não é visível a “olho nu”…

No dia da apresentação “estática”, no dia que não inclui o test-drive, digamos assim, tivemos a oportunidade de conversar um pouco com Alberto Contador, e com a nova bicicleta ali mesmo ao lado.

“A bicicleta parece muito semelhante à anterior, embora a evolução seja muito grande. Continua a manter as boas características de ‘trepadora’ do modelo anterior, mas em terreno plano o seu comportamento melhorou”, comentava Alberto.

Estávamos curiosos sobre o motivo pelo qual não optaram por “desdobrar” a bicicleta, como fazem algumas marcas concorrentes, num modelo “trepador” num outro modelos aero… E Alberto Contador explicou-nos o porquê: “Não é assim… Hoje em dia quase todas as marcas estão a eliminar os seus modelos aero. Não são lá muito práticos, porque, no dia a dia, encontramos uma grande variedade de cenários no mesmo percurso, no mesmo treino. E nem sempre o ideal passa por ter uma bicicleta muito especializada. E na competição está a acontecer o mesmo”.

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“Uma bicicleta como a nova Magma, que se destaca em todos os âmbitos, é perfeita. Nas equipas em que estive, que tinham tanto bicicletas mais para subir como aero, a mudança de uma para outra era muito drástica… Um profissional nota até a mínima mudança de selim!”, exclamava.

aurum magma

Alberto esteve a desenvolver a nova Magma “na sombra” durante os dois anos que durou todo o processo. “Embora a bicicleta não tivesse logotipos nem nada, para não levantar suspeitas, tentei não andar com grupos, para que ninguém fizesse perguntas”, confessou-nos por último. E em todos os momentos a dedicação e compromisso do ex-ciclista foram máximos, sempre em busca da excelência.

Contador conta que toda a equipa ligada ao desenvolvimento (engenheiros, marketing, etc…), que também esteve connosco a dar todo o tipo de explicações, se esforçou para conseguir dar origem à bicicleta perfeita.

“Não queremos apenas colocar um nome, uma cara bonita e vender. O mesmo que exigi de outras bicicletas quando competia, quis fazer com as nossas e especialmente agora com a nova Magma. Na altura, esta bicicleta nasceu como um modelo de máximo rendimento e isso é algo que sempre quis transmitir à nossa equipa. Todos estamos muito envolvidos para conseguirmos a perfeição”, afirmou Contador no primeiro dia da nossa presença com a equipa da Aurum.

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Os responsáveis pelo design apontavam que, embora a bicicleta, no laboratório, pudesse atingir os “dados teóricos” desejados, o próprio Alberto Contador, após realizar testes com os protótipos, modificava sempre algo que não era do seu agrado.

“Sempre procurei a perfeição. Foram três protótipos e quase sempre fizemos algum tipo de alteração. Ivan (Basso) também testou protótipos, embora, verdade seja dita, eu estive mais envolvido e pude testar mais a bicicleta. Além disso, tenho mais sensibilidade do que Ivan (risos)!”.


Crédito imagens: Goride // Aurum

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