Chega a hora da verdade, que não deverá ser definitiva ainda, apesar da dificuldade e da relevância do primeiro “tira-teimas” desta Volta 2023, com a chegada à mítica Torre, na Serra da Estrela.

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Após o último dia para os velocistas, na chegada a Castelo Branco, onde o checo Daniel Barbor (Caja Rural) se estreou a vencer e o português João Matias (Tavfer-Mortágua) conquistou a amarela (que, como afirma, transportará orgulhoso serra acima até a despir após a meta no ponto mais alto de Portugal Continental), é a vez dos homens da geral chegarem-se à frente. Ao sexto dia, já não era sem tempo!

Antevê-se uma etapa interessante, embora até à Covilhã, apesar do terreno acidentado, não se esperem hostilidades entre os candidatos. Entre estes, os principais, da favorita todo-poderosa Glassdrive, e com Frederico Figueiredo e Maurício Moreira em destaque.

Na equipa dirigida por Rúben Pereira, porém, várias dúvidas. Dinamitará a corrida a partir das primeiras rampas da Covilhã (como se espera) para deixar a contenda o mais rapidamente exclusiva aos seus, ou haverá algum adversário (que seria surpreendente, assuma-se) que resista, como o fez o boavisteiro Luís Fernandes em 2022? Se sim, seria bom para o espetáculo.

E entre os Glassdrive, alguém sobressairá ou a estratégia é levar o maior número de elementos até ao alto, também à imagem da edição do ano passado, quando Moreira e Frederico mantiveram-se coesos, o que, diga-se, acabou por beneficiar Fernandes?

Terá Fred permissão para atacar e tentar decidir, a seu favor, a Volta já neste dia, uma vez que o contrarrelógio final não lhe será tão penalizador como o de 2022, no Porto, onde perdeu a vitória na Volta para o seu companheiro uruguaio? Para isso, o trepador português terá de estar ao seu melhor nível. Senão, o “pesado” Moreira, estando também no seu auge, não cederá tempo decisivo.

E que protagonismo terão os jokers da formação amarela, o russo Artem Nych e o australiano James Whelan? Serão gregários de luxo ou mais do que isso? Estarão dispostos a sacrificarem-se para os dois líderes (embora Rafael Reis tenha revelado que são os quatro) ou aproveitarão a primeira oportunidade para se estabelecerem na hierarquia da equipa? Para isso, basta que algum com essa capacidade tenha a liberdade do diretor desportivo para tentar a sorte, ainda que fazendo parte de uma estratégia. Deem-lhes espaço…

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E os outros? Serão apenas isso, a Glassdrive e os outros? Luís Fernandes repetirá o brilharete de 2022? E quem mais estará em condições de se opor ao comboio amarelo? Cremos que não muitos. Aliás, poucos. Ou quase… nenhum. Faremos votos que não, reforce-se, para bem do espetáculo.

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Imagens: Volta a Portugal Facebook

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