Um excelente trabalho da seleção nacional, rematado com a categoria que é cada vez mais reconhecida em António Morgado, permitiu a este ciclista conquistar o Giro Della Lunigiana.

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A prova reuniu vários dos melhores corredores juniores a nível mundial, com o português a subir à liderança na segunda etapa e a mantê-la até final, este domingo. Não venceu nenhuma etapa, mas os três segundos lugares e um quinto em cinco etapas, mostram bem a sua regularidade.

Morgado terminou a corrida com oito segundos de vantagem sobre o francês Paul Magnier, ciclista com vários resultados muito positivos esta temporada, incluindo vitórias importantes. O eslovaco Tomas Sivok foi terceiro, a 17 segundos do vencedor.

O corredor português garantiu ainda a classificação da montanha, enquanto o incansável Gonçalo Tavares – companheiro de Morgado na equipa da Bairrada – fechou em nono na geral, a 2:44 minutos.

José Bicho ficou no 41º lugar, a 12:50 e Tiago Nunes em 57º, a 17:24. João Martins não terminou a corrida.

“Todos trabalharam muito bem durante a corrida, foram extremamente profissionais e cumpriram tudo aquilo que lhes foi proposto. Este trabalho de equipa foi essencial para conseguirmos vencer a prova com o António e ainda a camisola da montanha”, Estão todos de parabéns”, salientou um muito satisfeito selecionador nacional, José Poeira.

A última etapa

A tirada mais longa da corrida foi guardada para o fim. Foram 102,4 quilómetros entre as localidades italianas de Ceparana e Casano di Luni.

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Gonçalo Tavares esteve em destaque ao liderar o pelotão na perseguição a uma fuga de cinco ciclistas. Contudo, toda a equipa portuguesa trabalhou para garantir que Morgado chegaria de verde (camisola de líder) à meta.

Só o francês Thibaud Gruel resistiu na frente, ele que atacou quando percebeu que o grupo não ia singrar. Uma boa escolha, já que cortou a meta com 22 segundos de vantagem sobre o pelotão.

“Com a responsabilidade que tínhamos como líderes, tivemos de assumir a dianteira, com o João a fazer muito bem esse trabalho, numa altura em que o ritmo era alto. Depois entraram ao serviço o José Bicho e o Tiago Nunes, que nas subidas e até nas descidas mais técnicas fizeram um trabalho de excelência, protegendo o Gonçalo e o António”, explicou José Poeira.

“Na parte final da etapa, o Gonçalo fez o resto do trabalho. Além disso, em todas as etapas, a resposta pronta do António aos ataques dos adversários diretos levou a que nos mantivéssemos na liderança”, acrescentou.

2022 recheado de vitórias

Está a ser mais uma temporada ganhadora de António Morgado. Recentemente conquistou mais uma Volta a Portugal de Juniores, venceu também as corridas espanholas Vuelta Ribera del Duero e Vuelta a Valladolid, Vuelta a Besaya e Ruta do Albariño.

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Por cá, venceu a Volta ao Concelho de Loulé, o Grande Prémio do Minho e os títulos nacionais de contrarrelógio e da prova em linha. E houve mais vitórias durante 2022, com os Mundiais à porta.

Com este resultados, que se têm repetido no escalão de juniores, António Morgado já garantiu que vai iniciar a sua fase de sub-23 numa das melhores equipas de formação do mundo: a Hagens Berman Axeon.

Por lá passaram João Almeida, Rúben Guerreiro e os gémeos Oliveira, ciclistas agora todos no World Tour.

Classificações completas:

Fotografia: ciclismoblog.it

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