António Morgado foi 14.º classificado e o melhor do quarteto de representantes de Portugal na corrida de fundo de sub-23 do Campeonato da Europa de Estrada, disputada entre Hoogeveen e o Col du Vam, nos Países Baixos, na distância de 136,5 quilómetros.

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A prova ficou marcada por várias quedas e por uma fuga madrugadora que vingou e que ditaria o vencedor e os primeiros lugares. António Morgado e Gonçalo Tavares mantiveram-se no grupo principal até às duas voltas finais ao circuito de 14,3 km, na expectativa de ainda poderem estar na discussão do pódio, o que não veio a acontecer.

Na frente da corrida, primeiro estiveram três corredores, mas só dois resistiram à exigência do acumular dos quilómetros e da altimetria, o dinamarquês Henrik Pedersen e o espanhol Iván Romeo. Ambos entraram na última volta com 1.20 minutos de vantagem sobre o pelotão, onde estavam António Morgado e Gonçalo Tavares, mas não havia força coletiva nem entendimento para fazer uma perseguição efetiva.

O título europeu decidiu-se na última subida ao Col du Vam, quando o corredor nórdico acelerou e isolou-se para triunfar em solitário. O espanhol ficou com a medalha de prata, a 25 segundos. O pelotão limitou-se a discutir a medalha de bronze, tarefa em que o francês Paul Magnier foi o mais rápido, terminando a 37 segundos do que o vencedor.

António Morgado ainda acalentou a esperança de conquistar uma medalha, mas viu-se em posição difícil na aproximação à derradeira subida. “Estava com pernas para ganhar uma medalha, vinha muito bem colocado, mas a quatro quilómetros da meta um corredor ucraniano caiu mesmo à minha frente. Desviei-me e, com essa manobra, perdi muitas posições e fiquei quase em último do pelotão”, descreve o vice-campeão mundial, em Glasgow, no início de agosto, mas que neste Europeu ficou na 14.ª posição, a 42 segundos do vencedor.

Gonçalo Tavares também fez uma corrida sempre no pelotão principal, procurando o melhor posicionamento possível a cada momento. “A corrida acabou por não ser tão dura quanto pensava à partida, consegui fazer bem as subidas. A maior dificuldade era a reta com vento lateral, depois de sairmos da zona de meta”, explica o ciclista que terminou no 35.º posto, a 47 segundos.

O mais prejudicado pelas condições específicas desta corrida acabaria por ser João Martins, vítima de queda ainda antes da entrada na primeira das seis subidas ao Col du Vam. Apesar do infortúnio, o jovem ciclista português conseguiu terminar a corrida, no 98.º lugar, a 8.23 minutos.

O quarto elemento da Seleção Nacional, Diogo Narciso, ficou ‘cortado’ devido a uma queda no pelotão e conclui a corrida em 94.º, a 7.09 minutos do vencedor.

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O selecionador nacional, José Poeira, estava à espera de melhores resultados dos seus pupilos. “O resultado não correspondeu às expectativas. A corrida foi estranha, com o pelotão em constante pára-arranca, o que contribuiu para a existência de mais quedas. Foi estranho as seleções mais numerosas não pegarem na corrida a fundo para anular a fuga”.

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Fotos Federação Portuguesa de Ciclismo

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