Depois de um sprint massivo para lançar esta 14ª edição, o Tour de Omã teve este domingo uma segunda etapa longa (202,9 km) e com perfil mais irregular no final, nomeadamente com a subida de Yitti Hills (1,6 km a 7%) e o seu cume a apenas 800 m da meta.  

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Após uma luta intensa entre o pelotão e os fugitivos, foi o último sobrevivente destes, Louis Vervaeke (Soudal Quick-Step), a impor-se. Mais forte que os seus dois companheiros de fuga, Xabier Mikel Azparren (Q36.5) e Magnus Kulset (Uno-X Mobility) na colina Al Jissah (2,6 km a 6,7%) a 10 km da chegada, o belga fez depois uma excelente prestação a solo para resistir por pouco ao regresso do grupo e conquistar a sua primeira vitória profissional aos 31 anos. 

Depois de ter estado num impasse na perseguição, o pelotão chegou alguns metros atrás do vencedor, no final de uma corrida de cortar a respiração (ainda havia quase 3 minutos de atraso a 20 km da meta). Na reta final ocorreram várias quedas consecutivas durante o sprint do pelotão.  

Ruben Guerreiro foi um dos envolvidos nas quedas e foi creditado com o tempo do vencedor. O português da Movistar terá sofrido apenas escoriações, mas a sua equipa informou que o corredor será examinado durante este domingo e determinará se poderá continuar em prova.

Para já, na classificação geral Guerreiro ocupa a 16ª posição, a 12 segundos de Louis Vervaeke, o novo líder, que tem com 6 segundos sobre o segundo, Valentin Paret-Peintre. 

Em todo este caos, o francês Valentin Paret-Peintre deu a dobradinha na etapa à Soudal, a dois segundos do seu companheiro de equipa. O britânico Sean Flynn (Picnic PostNL) completou o pódio. Inicialmente classificado em 6º, o italiano Davide De Pretto (Team Jayco-AlUla) foi finalmente despromovido, provavelmente considerado culpado de estar na origem da queda no sprint final, segundo o júri. 

“É um dia maravilhoso para mim, é incrível conseguir a minha primeira vitória como profissional. Quase consegui várias vezes no passado, e finalmente consegui-la deixa-me muito orgulhoso. Nos últimos dez quilómetros da etapa estava exausto, mas continuei a pensar na minha família e encontrei forças para continuar e dar o meu melhor. Foi por isso que apontei para a tatuagem no meu braço direito quando cruzei a linha, porque ser ciclista envolve muitos sacrifícios, de si mesmo, mas também da sua família”, disse o vencedor, Loius Vervaeke.

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“Na frente, trabalhámos bem juntos e quero saudar o Mikel Azparren, ele estava realmente forte e fez um grande esforço quando nos juntámos à fuga. É ótimo conseguir um duplo com a equipa, especialmente porque viemos aqui para vencer uma etapa e estamos felizes por o termos feito. A partir de amanhã (segunda-feira), vamos concentrar-nos na classificação geral com Valentin (Paret-Peintre) e Mauri (Vansevenant)”, acrescentou o belga da Soudal.

Classificações

Crédito da imagem: Tour de Omã Twitter – https://x.com/tourofoman/status/1888550072729637004/photo/1

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