Alberto Bettiol partilhou uma reflexão sobre a evolução do ciclismo moderno e o crescente impacto da tecnologia e dos dados.

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“Os corredores de hoje têm pouca sensibilidade”, diz o italiano da Astana em entrevista à La Gazzetta dello Sport. “Já vi tantos a treinar sozinhos, com os olhos colados ao ciclocomputador. Passam horas concentrados a treinar na mesma zona, isolados… As pessoas falam cada vez menos”, reforça.

O vencedor da Volta a Flandres 2019 critica a crescente obsessão pelos dados que, segundo ele, sufoca a dimensão humana e coletiva do ciclismo. “Há muito foco nos números, nos dados, nos watts… Muitas vezes torna-se uma obsessão.”

Bettiol admite ter feito uma escolha radical na sua carreira: limitar o uso de ferramentas tecnológicas durante as competições. “Nunca usei um monitor de ritmo cardíaco durante a corrida e, quando pude, nem sequer levei um medidor de potência”, revela.

“Quando se está a estudar para um exame é preciso ter livros e por vezes uma calculadora. Mas no dia do exame – que, para mim, é a corrida – é preciso saber responder por nós próprios…”, declara Bettiol.


Crédito da imagem: Astana Team Twitter

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