Evenepoel: ‘Recomeçarei em fevereiro e só em maio deverei apontar objetivos.’

Enquanto a Soudal Quick-Step estagia em Calpe, Espanha, a preparar a pré-temporada, Remco Evenepoel continua sem poder andar de bicicleta, a recuperar da luxação da clavícula, a lesão mais complicada das que sofreu, neste caso na sequência de um acidente durante um treino no dia 3 do corrente mês.

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“Só depois de uma ecografia em janeiro poderemos delinear um novo plano, mas espero estar de volta à bicicleta no início de fevereiro”, disse. “Neste momento, pretendo retomar a competição em meados de abril”, antevê.

Evenepoel reconhece que está a enfrentar dias difíceis. “Não entro em pânico facilmente, mas sinto alguma preocupação neste momento sobre quando estarei de volta à forma. Sei que posso atingir rapidamente um bom nível de forma assim que começar a treinar, mas em meados de abril é bastante tarde para voltar a ser competitivo”, afirmou.

“Ou seja, normalmente, um bom inverno e a preparação demoram três a quatro meses. Como só começarei em fevereiro… isto significa que só em maio é que deverei apontar a algum objetivo. Por isso, será difícil estabelecer metas para a primavera”, sublinhou.

“Infelizmente, com esta lesão, terei de saltar corridas como a Catalunha ou Paris-Nice. Esses eram objetivos fundamentais para mim. Ainda espero poder participar nas quatro clássicas das Ardenas. Pretendo estar em boa forma para ter um bom desempenho na Liège, embora perceba que será um caminho bastante desafiante pela frente”, continuou o bicampeão olímpico.

“Muitas vezes é fácil sorrir para as câmaras, mas nos bastidores é doloroso e difícil. Este não é o meu primeiro contratempo, mas poderia ser um dos últimos… Foi realmente um ano cheio de altos e baixos”, lamentou Evenepoel.

De resto, o belga revelou como se está a sentir. “Os analgésicos estão a resultar, mas parti muitos ossos. Não me posso queixar, a operação em Herentals correu bem. Levamos as coisas dia após dia. Acordo com dores, principalmente à noite. De manhã sinto-me completamente exausto, principalmente por causa dos analgésicos. Mas é isso que acontece depois de uma lesão grave”.

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Crédito da imagem: Letour Twitter