UCI estuda teto orçamental para as equipas

O ciclismo evoluiu muito nos últimos anos, especialmente com a chegada de equipas que são propriedade de países ou estados (UAE Emirates, Bahrain-Victorious, Israel-Premier Tech).

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Estas novas equipas têm muito dinheiro e podem formar plantéis compostas por 4, 5 ou até 6 estrelas, como a UAE Emirates. Esta equipa dos Emirados Árabes Unidos celebrou o maior contrato da história do ciclismo com Tadej Pogacar há algumas semanas, no valor de quase 50 milhões de euros em seis anos.

Perante esta competição, outras equipas estão cada vez mais em dificuldades, como a Arkéa – B&B Hotels ou Intermarché-Wanty, que lutam para se manter em competição. Por evitar essa discrepância, já foi considerada uma espécie de teto salarial para limitar os investimentos de determinadas equipas, como acontece na NBA.

Christian Prudhomme, diretor do Tour de França, revelou que este projeto está mais adiantado do que se pensaria. Durante uma entrevista ao Midi Libre, Prudhomme comentou o assunto. “Há uma reflexão feita pela UCI, com os organizadores, as equipas, sobre o facto de poder ser estabelecido um orçamento máximo para as equipas. Porque, na verdade, com o capital a vir maioritariamente dos países árabes, o jogo torna-se um pouco desequilibrado. É um eufemismo dizer isso”, explica o francês.

“A ideia é que possamos ter bons corredores em cada uma das equipas. E garantir que haja líderes fortes em cada equipa, fundamental para que as corridas sejam mais interessantes. Esse é o objetivo. Não se trata de perseguir algum corredor…”, explicou o presidente da UCI, David Lappartient, que propõe o teto salaria geral (ou global)

“Se uma equipa consegue comprar os dez melhores corredores do mundo deixa de haver interesse. O teto orçamental global não proíbe pagar o que se quiser aos corredores, mas terá de ser gerido o orçamento de modo a chegar para todo o plantel. Aí está, é uma estratégia de equipa”, disse o dirigente da União Ciclista Internacional.

Crédito da imagem: LeTour Twitter

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