As rodas lenticulares são uma constante no ciclismo de pista, especialmente em eventos de destaque como os Jogos Olímpicos ou, mais recentemente, os Mundiais de Pista. E, devido às várias vantagens que oferecem em termos de desempenho, até já foram utilizadas em provas de contrarrelógio…

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Uma das suas principais características (e que podemos observar imediatamente) é a ausência de raios na sua construção, o que melhora significativamente o rendimento aerodinâmico. Isto deve-se ao disco sólido que substitui os raios, resultando numa menor resistência ao ar. O formato curvado, semelhante a uma lente, é o que dá nome a estas rodas.

rodas lenticulares

“De acordo com estudos iniciais, essa forma oferece uma aerodinâmica ótima, reduzindo a resistência ao ar, que é o principal obstáculo em corridas contra o tempo”, explica a marca italiana Campagnolo, falando das suas rodas lenticulares Ghibli 0.9.

O ângulo de curvatura da roda também é importante: quanto menor o ângulo desde o cubo até ao pneu, menor será a secção frontal da roda, e, por conseguinte, a resistência aerodinâmica será também menor.

Outra vantagem do ciclismo de pista é a ausência de vento, o que elimina o risco do efeito vela, um problema comum em estrada. Além disso, os rolamentos cerâmicos de baixa fricção são ideais para garantir um deslizar perfeito na pista, fator crucial para o desempenho.

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As rodas lenticulares têm de ser rígidas o suficiente para suportar o peso do ciclista, mas também muito leves, uma vez que os discos são grandes. Atualmente, a fibra de carbono é o material mais utilizado por oferecer essa combinação ideal de rigidez e leveza.

Por fim, os pneus também têm as suas especificidades: são desenhados para enfrentar as curvas à esquerda e as inclinações das pistas de velódromo, maximizando a aderência e o desempenho nessas mesmas condições.

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Crédito imagens: Campagnolo

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