Rui Oliveira foi o sexto classificado na competição de omnium do Campeonato do Mundo de Pista, disputada em Ballerup, Dinamarca, com triunfo do belga Lindsay de Vylder.

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As quatro provas do concurso do omnium passaram em registo “montanha-russa” para o ciclista português, com momentos altos a serem seguidos por situações de maior dificuldade. E tudo começou no scratch, a primeira prova pontuável.

Rui Oliveira preparava-se para discutir as duas primeiras posições com o neerlandês Yanne Dorenbos, mas o selim da bicicleta partiu-se e Rui Oliveira não foi além do quinto lugar, ainda assim uma excelente entrada no omnium.

Seguiu-se a corrida tempo. O representante de Portugal entrou autoritário, somando três pontos e assumindo o comando da classificação. No entanto, não esteve capaz de dobrar o pelotão, ao contrário de seis adversários. Acabou por ser o oitavo nesta corrida.

A segunda metade do omnium fez aumentar a esperança nacional de luta pelas medalhas. Tudo porque uma corrida quase perfeita de Rui Oliveira permitiu ao português ser o segundo classificado em eliminação, levando-o no quarto posto – com os mesmos pontos do terceiro – para a decisiva corrida por pontos.

O início da corrida por pontos foi auspicioso. Cumpridas 40 de 100 voltas, Rui Oliveira já dobrara o pelotão e pontuara em três sprints. Este arranque colocou o português no topo da classificação geral e em posição de defender o título conquistado, em 2023, por Iúri Leitão.

Só que nas 60 voltas finais Rui Oliveira não voltou a pontuar, finalizando o omnium no sexto lugar, com 124 pontos, apenas a quatro do pódio. A vitória pertenceu ao belga Lindsay de Vylder, único corredor a dobrar o pelotão três vezes na corrida por pontos, o que lhe valeu terminar o omnium com 150 pontos. A 12 da medalha de ouro ficou o italiano Simone Consonni. O terceiro, com 128 pontos, foi o neerlandês Yanne Dorenbos.

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“No final, fiquei a quatro pontos do pódio. Na primeira corrida, ia discutir o primeiro lugar com Dorenbos, e o parafuso do selim partiu. Arredou-me para quinto lugar. Dar-me-ia mais oito pontos e, se calhar, teria a medalha ao peito. É um bocado frustrante, mas foi o meu melhor omnium de sempre a este nível”, admitiu Rui Oliveira, após a corrida.

Na corrida de pontos, gastou “toda a energia” e depois “foi sobreviver e não levar volta de avanço dos favoritos”. “Este é um resultado bom, mas ficar tão perto das medalhas é chato”, acrescentou.

“Este foi o melhor concurso de omnium que o Rui já fez. É certo que queríamos chegar às medalhas e não conseguimos, mas é de louvar a qualidade do trabalho desenvolvido pelo Rui Oliveira nesta competição. Na corrida por pontos, com o objetivo de chegar às medalhas, somámos muitos pontos, mas o desgaste refletiu-se no último terço da prova”, admite o selecionador nacional, Gabriel Mendes.

O Campeonato do Mundo termina neste domingo. Portugal terá quatro corredores em pista na jornada final. Daniela Campos disputa a corrida por pontos às 12h56. Diogo Narciso fecha o Mundial de estreia entre a elite com a eliminação, às 13h42. O programa do Campeonato do Mundo fecha com o madison, disciplina em que as cores nacionais serão defendidas pelos gémeos Ivo e Rui Oliveira.


Crédito da imagem: FPC

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