Os sistemas de suspensão traseira das bicicletas parecem estar a adotar uma abordagem que, numa primeira instância, pode ser vista como um retrocesso em termos de inovação tecnológica… Contudo, a inovação leva-nos exatamente para o “mais simples”, como é o caso do Flex Pivot da Cannondale.

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Mas esta mudança tem um propósito: a utilização do carbono permite que os engenheiros aproveitem a respetiva capacidade de flexão para substituirem componentes mecânicos mais complexos, reduzindo assim o número de partes móveis; ao mesmo tempo, reduzem-se significativamente os custos de manutenção.

Flex Pivot da Cannondale

O exemplo do Cannondale Flex Pivot

O Flex Pivot da Cannondale é um exemplo claro de como a marca norte-americana está a utilizar as propriedades do carbono para replicar o desempenho de sistemas mais complexos, como os four-bar e six-bar. Este sistema “permite um compromisso equilibrado entre tração, absorção de impacto, leveza, baixa fricção e simplicidade”, dizem.

O Flex-Pivot consegue o melhor compromisso entre tração, absorção, leveza, pouca fricção e simplicidade. (Cannondale)

Flex Pivot da Cannondale

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Nos quadros de alumínio, a necessidade de pontos de articulação continua a ser uma realidade, já que este material não tem as mesmas propriedades de flexão que o carbono. No entanto, em bicicletas com curso de suspensão entre 100 e 140 mm, a flexão proporcionada pelo carbono tem mostrado ser altamente eficaz.

Conceito de flexão controlada

O Flex Pivot da Cannondale utiliza um design especial nas escoras da bicicleta, onde a “parte média é afinada para permitir uma flexão controlada”. Esta abordagem à flexão não é nova para a marca, que desde 2002 aplica o conceito nos modelos da linha Scalpel. Com a chegada do Flex Pivot, este conceito foi ainda mais refinado, elevando as suas capacidades.

Criar pontos de flexão no carbono é algo em que fomos pioneiros há muitos anos… (Cannondale)

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Inspirado pelos sistemas de suspensão da Fórmula 1, este design utiliza componentes em fibra de carbono que oferecem a flexibilidade necessária, explicam. Este conceito foi aplicado em várias bicicletas da Cannondale, incluindo até modelos elétricos, em que a necessidade de durabilidade é ainda mais exigente.

Vantagens e funcionalidade do Flex Pivot

A ausência de pontos de articulação no sistema Flex Pivot traz várias vantagens:

  • Leveza e simplicidade mecânica, resultando num sistema mais durável.
  • Maior rigidez lateral, uma característica difícil de alcançar em sistemas com múltiplos pontos de articulação.
  • Redução da manutenção graças à menor quantidade de componentes móveis.

Este sistema provou ser altamente funcional e resistente, sendo utilizado até em modelos como a Moterra SL, uma e-bike que exige muito em termos de peso e potência. Para garantir a fiabilidade do Flex Pivot, a Cannondale submeteu-o a rigorosos testes de laboratório e ensaios no terreno com atletas de elite, como Josh Bryceland.

O Flex Pivot da Cannondale mostra como a inovação nos materiais, aliada a um design inteligente, pode simplificar e melhorar o desempenho de bicicletas modernas. É um exemplo bom de como menos pode, de facto, ser mais!

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Crédito imagens: Cannondale

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