Frederico Figueiredo (Sabgal-Anicolor) e Luís Gomes (GI Group Holding – Simoldes – UDO) foram suspensos preventivamente devido a anomalias no passaporte biológico, noticiou a Lusa na quinta-feira, citado uma fonte da Federação Portuguesa de Ciclismo. Agência de notícias avançou que mesma fonte indicou que os dois ciclistas foram suspensos provisoriamente pela Autoridade Antidopagem de Portugal (AdoP), estando a decorrer inquéritos disciplinares.

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Um dia depois da informação ser divulgada, a Sabgal-Anicolor, equipa em que compete Frederico Figueiredo, emitiu um comunicado de imprensa em que pretende “clarificar alguns aspetos” que considera «dúbios e suscetíveis de provocar equívocos».

A formação Continental portuguesa, vencedora da Volta a Portugal em 2022 e 2024, pelo uruguaio Mauricio Moreira e o russo Artem Nych, considera que “embora seja correto que a suspensão do atleta está relacionada com anomalias detetadas no seu passaporte biológico, é essencial especificar que estas anomalias correspondem aos anos de 2018, 2019 e, possivelmente, a 2020 (segundo relatório da ADOP)”, afirma a Sabgal-Anicolor na referida nota enviada à Comunicação Social.

A estrutura sedeada em Águeda diz que “importa ainda sublinhar que esta suspensão não tem qualquer ligação com a estrutura Fullracing, uma vez que Frederico Figueiredo integrou a equipa nos anos de 2021 a 2024 [no primeiro ano sob denominação de Efapel, entre 2022 e 23 sob designação de Glassdrive-Anicolor e no ano em curso Sabgal-Anicolor], ou seja, posteriormente aos períodos mencionados”.

Frederico Figueiredo chegou à formação agora Sabgal em 2021, depois de quatro temporadas no Tavira (2017-20) – primeiro, denominado Sporting-Tavira e, depois, Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel – e antes representou a Rádio Popular-Boavista, onde se tornou profissional em 2014.

Terceiro classificado na Volta a Portugal de 2020 e segundo na edição de 2022, em que também conquistou o prémio de melhor trepador (montanha), Figueiredo, de 33 anos, é um dos principais corredores do pelotão nacional, tendo sido determinante nas vitórias dos companheiros de equipa Mauricio Moreira (2022) e Artem Nych (2024).

A Sabgal-Anicolor considera que “a notícia levou de imediato à especulação e à publicação de fotos com os equipamentos da nossa equipa, que não abona em nome da verdade” e que “não fazer esta retificação é induzir em erro toda a comunicação social e, por conseguinte, o público em geral, além de comprometer o bom nome da nossa estrutura e, acima de tudo, dos patrocinadores, que sempre se pautaram por elevados padrões de ética e responsabilidade no desporto”, diz no mesmo comunicado.

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“Adicionalmente, a Fullracing cumprirá com todas as suas obrigações contratuais para com o ciclista, uma vez que, durante os três anos em que esteve ao serviço da equipa, não houve qualquer indicação de anomalias de passaporte biológico ou outras más condutas, relativamente ao regulamento interno da equipa que é bem claro na salvaguarda da verdade Desportiva”.

A Sabgal-Anicolor conclui o comunicado a dizer que “ainda que uma suspensão preventiva não deve ser encarada como um julgamento público, sendo fundamental respeitar o direito do atleta a apresentar a sua defesa dentro dos procedimentos adequados”.


Créditos da imagem: Facebook Frederico Figueiredo

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