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Partilha!Tweet Na nossa opinião, estes foram os corredores que mais nos prenderam as atenções neste 'agradável' Tour. E João Almeida foi o 'rei' deles, desta vez! Este artigo tem um propósito muito claro: destacar os ciclistas que mais gostámos de seguir ao longo de todas as etapas da Volta a França 2024. Foram muitos, sim, mas houve alguns que nos deram especial prazer ver como triunfavam, trabalhavam, evoluiam, provavam o seu valor ou simplesmente… falhavam. Sim, porque também houve “estrelas” que falharam!PUB Mas não foi isso que aconteceu com João Almeida, o português que neste momento assume um robusto lugar na milionária equipa UAE Emirates, e que se afigura como um dos principais ciclistas da formação dos Emirados para “atacar” a Volta a Espanha que começa este ano em Portugal. Crédito: Twitter/X/Website Tour de France/Sprint Agency/UAE Emirates É por ele que começamos, então, falando depois sobre os restantes fora de série que dominam neste momento o ciclismo internacional ao mais alto nível. Ou não fosse a Volta a França a mais prestigiada prova World Tour. Aqui estão os nossos eleitos deste ano, mas não sem antes fazermos uma importante referência aos outros dois portugueses em prova no Tour: no 51º lugar, Nelson Oliveira (Movistar), a 3.33,54 horas; e Rui Costa (EF Education-EasyPost) na posição 68, a 3.54,10 horas de Pogacar. O ‘nosso’ João Almeida João Almeida escreveu neste Tour uma página de ouro na história do ciclismo português. Talvez até a mais bonita de todas até hoje. Basicamente, além de todo o apoio que deu a Pogacar com “almeidadas” em praticamente todas as etapas de montanha, o ciclista de A dos Francos assumiu-se na corrida como o melhor logo a seguir aos três “extraterrestres” que ocuparam o pódio. Crédito: Lusa/EPA/Guillaume HorcajueloPUB Esta foi a segunda melhor classificação de sempre de um português na maior prova de ciclismo do mundo, só superada pelos dois terceiros lugares de Joaquim Agostinho, em 1978 e 1979. Almeida foi nesta edição da prova o melhor gregário, e não podemos esquecer que esta foi a sua estreia na Volta a França! É o melhor estreante português na prova gaulesa e é o único a conseguir um top 5 no Tour, no Giro e na Vuelta. Que orgulho! Agora vamos ver que “força” terá na equipa que a UAE Emirates levará para a Vuelta… O ‘voltista’ Remco Evenepoel Porque destacamos Evenepoel (Soudal Quick-Step) antes de Pogacar? Porque achamos que o desempenho de Remco neste Tour foi algo de fantástico… Note-se que Evenepoel não é um ciclista com o mesmo perfil de Vingegaard ou Pogi. E também não tem atrás de si uma equipa com tantos recursos. Crédito: Twitter/X/Website Tour de France Remco é o eterno especialista em contrarrelógio que nesta edição do Tour se afirmou também como um voltista. Está melhor, mais leve, mais inteligente, mais resistente, mais forte na montanha….PUB E atenção a três pontos: Remco tem apenas 25 anos (conquistou nesta Volta a França a camisola da juventude), venceu o contrarrelógio da 7ª etapa e mostrou coragem quando tentou “assaltar” o 2º lugar de Vingegaard. E ainda outro ponto, que está relacionado com o palmarés deste grande campeão além deste 3º lugar no Tour: uma vitória na Vuelta e seis etapas ganhas em grandes voltas. Com este grau de evolução demonstrado recentemente, quem sabe onde chegará Remco… O incrível Tadej Pogacar Não há muito mais que se possa dizer de Tadej Pogacar, certo? O homem é uma verdadeira “máquina” e pode muito bem vir a ser o melhor ciclista de todos os tempos. Este ano venceu seis etapas no Tour e seis etapas no Giro, prova que também conquistou. E quem assistiu com atenção ambas as corridas viu que nunca Pogi exibiu aquela cara de esforço típica de quem vai a sofrer… Crédito: Lusa/EPA/Papon Bernard – Pool Pelo contrário, o esloveno chefe de fila da UAE Emirates andou sempre tranquilo, protegido por um trabalho fantástico da parte da sua forte equipa (com destaque positivo para João Almeida e Adam Yates, e negativo para Juan Ayuso), arrancando quando quis para a vitória, quase “envergonhando” muitos dos melhores trepadores. E ainda venceu o contrarrelógio final por mais de um minuto, mostrando que também nesta especialidade não dá hipótese. Agora, duas coisas: esta época pode ter beneficiado das ausências de concorrentes à altura no Giro e do atraso na preparação de Vingegaard para este Tour. E, tendo anunciado que já não vai aos Jogos Olímpicos, não estará para breve o anúncio de que vai tentar também vencer a Vuelta 2024? Esperamos por ti em Lisboa em agosto, Pogi! (A recuperação de) Jonas Vingegaard De uma forma geral, quem é melhor: Pogacar ou Vingegaard? Não será fácil responder, até pelo historial de vitórias destes dois corredores nos cinco ou seis anos mais recentes… Do que temos a certeza é que neste momento é o esloveno da UAE Emirates que está por cima; ou melhor, está num nível estratosférico, quase “extraterrestre”, na verdade.PUB Crédito: Twitter/X/website Tour de France Mas Jonas Vingegaard também faz parte desse “outro mundo”, também é um ciclista muito acima da média. Como sabemos, o dinamarquês da Team Visma Leade a Bike foi um dos corredores mais afetados na tão falada queda na Volta ao País Basco deste ano. Ossos partidos, pneumotorax, cirurgia, um quadro clínico delicado, preocupante, até. Mas Vingegaard recuperou ao ritmo dos jovens ciclistas. Foi rápido. E recuperou tão depressa que acabou por fazer algo que talvez nenhum outro atleta seria capaz: conseguiu ficar bem e treinar o suficiente para estar no Tour no patamar de performance que tivemos oportunidade de ver. Relembramos que Vingegaard (também bem apoiado pelos seus colegas, refira-se) andou sempre na roda de Pogacar, controlando-o de perto, “desistindo” apenas na última semana e quando percebeu que seria impossível vencer a prova. Assegurou facilmente o 2º lugar neste Tour, ficou em 2º lugar no contrarrelógio final (à frente do campeão do mundo da especialidade Evenepoel) e ainda venceu a 11ª etapa num sprint a dois com… Pogacar! Se este ciclista fez isto tão pouco tempo depois de se ter “amassado” fortemente numa queda, o que teria feito se estivesse no pleno da sua forma e preparação? A resposta é fácil: teria feito o que já o vimos fazer no passado (há um ano, por exemplo, no Tour..). Teria feito o que certamente fará no futuro. A concorrência que mantenha o nível elevado, pois Vingegaard é forte. E a Team Visma Lease a Bike também. Pena é que o nórdico não marque presença na Vuelta 2024… O ‘combativo’ Richard Carapaz Também faz parte da história, Carapaz, pois é um dos ciclistas que já venceu etapas nas três grandes voltas. E este marco foi atingido quando a 17ª etapa deste Tour foi ganha pelo ciclista da EF Education-EasyPost. Crédito: Lusa/EPA/Guillaume Horcajuelo Mas o colombiano não está neste artigo apenas por essa razão. Está aqui porque foi talvez o ciclista mais combativo do Tour deste ano, constantemente a aparecer nas fugas das tiradas de alta montanha, constantemente a tentar a sua “sorte” até obter a tão desejada vitória em alto. E só não alcançou o sucesso mais vezes porque existem os “todos poderosos” Pogacar e Vingegaard, que com a sua competição própria iam “pulverizando” o que todos os outros tentavam fazer quando as pendentes aumentavam. Arrebatou a camisola da montanha nesta edição e acreditamos que Carapaz ainda venha a ter mais sucesso (ainda) este ano. Sir Mark Cavendish Uma vénia perante sir Cavendish, se faz favor. Anunciou o final da carreira há um ano, mas os responsáveis da Astana convenceram-no a tentar de novo. Falamos de conseguir vencer a sua 35ª etapa na Volta a França, quebrando o recorde que partilhava com Eddy Merckx. Crédito: Twitter/X/website Tour de France Cavendish alcançou este feito na 5ª etapa deste Tour, batendo os restantes sprinters. Tivemos o privilégio de assistir em direto na TV a este momento histórico. E o que vimos também foi Cavendish a sofrer muito nas etapas de montanha… Mas terminou o Tour! Logo na primeira etapa e em todas as outras com pendentes mais inclinadas, lá aparecia o nome da Cavendish no topo do ecrã, junto da quantidade de minutos de atraso que tinha face ao pelotão… Um abraço para todos os ciclistas da Astana, que praticamente abriram mão das suas corridas para apoiarem esta lenda do ciclismo a alcançar o seu sonho. O sprinter Biniam Girmay Não, à partida não era Girmay o sprinter da Intermarché-Wanty, ele era mais um trabalhador incansável, como já o conhecíamos, e um lançador. Mas o destino tem desta coisas e quis ele que o eritreu vencesse três etapas neste Tour e arrebatasse, no final, a camisola verde dos sprints. Crédito: Twitter/X/Website Tour de France Sim: Biniam Girmay venceu ao sprint três etapas da Volta a França 2024. Quase sem equipa para o posicionar corretamente, foi agarrando a roda deste e daquele, foi aparecendo quase de surpresa, e cruzou a linha primeiro que todos nessas três ocasiões. E isto “em nome do povo da Eritreia” e agora como o primeiro ciclista africano a vencer no Tour. Fez história na prova, fez história no seu país, elevou o ciclismo africano bem alto e agora acaba de renovar contrato com a sua equipa até 2028.. As quedas de Primoz Roglic Nem sequer vamos detalhar em que etapas Primoz Roglic foi ao chão neste Tour ou em provas recentes… É “estranho” demais isto acontecer a um dos ciclistas que mais admiramos no pelotão internacional! Um percalço deste género aconteceu à 12ª etapa e levou a que abandonasse a Volta a França deste ano. Crédito: Twitter/X Red Bull Bora Hansgrohe O que queremos destacar aqui é o facto de Roglic estar já a preparar o seu regresso e a sua “vingança”, acreditamos nós. Colocar o azar atrás das costas, solidificar a preparação para as grandes voltas deste verão e “atacar” o que falta. Mas também ainda não é certo que esteja na Vuelta deste ano, pois, ao que parece, as lesões causas pelas quedas recentes ainda o atormentam… Roglic precisa dessa “recuperação”, a Red Bull-Bora-Hansgrohe precisa dessa “recuperação”. Apesar de termos quase a certeza que será esta a equipa que mais surpreenderá o panorama internacional do ciclismo no próximo “defeso”. Entretanto, “exigimos” ver o melhor Roglic, aquele que conhecemos, assim que possível! O veloz Jasper Philipsen Quem vence três etapas do Tour ao sprint e ainda está envolto em alguma polémica de vez em quando não poderia ficar de fora deste artigo, certo? Foi o que aconteceu com o sprinter da Alpecin-Deceuninck, que bateu a concorrência três vezes e ainda foi desclassificado numa das etapas por dar um “aperto” a Wout van Aert perto das barreiras laterais. Crédito: Lusa/EPA/Roberto Bettin Jasper Philipsen pode muito bem ser neste momento um dos três melhores sprinters do pelotão World Tour, mas não esquecer que tem um lançador de categoria, um tal de Mathiew van der Poel, que dispensa apresentações e de quem falamos já a seguir… Considerações finais Queremos agora deixar uma nota importante: vários outros corredores poderiam fazer parte deste artigo, sim. Estes são os que achamos que mais marcaram a corrida francesa, mas houve de facto vários outros nomes que adorámos ver este ano. Falamos dos muito trabalhadores Adam Yates (UAE Emirates) e Matteo Jorgenson (Team Visma Lease a Bike) ou de um forte Mikel Landa (Soudal Quick-Step), que ameaçou o 4º lugar de João Almeida até ao fim. Ou mesmo de Carlos Rodriguez, que tanto se defendeu sem equipa para o apoiar, ou de Derek Gee, que conseguiu levar a Israel Premier Tech ao top 10. De quem esperávamos mais ‘ação’? Do já referido Mathieu van der Poel (Alpecin-Deceuninck), claro, que pouco mais fez que um ou dois leadouts; De um muito apagado Wout van Aert, que ainda assim muito ajudou o seu chefe de fila Vingegaard (também saiu muito afetado da queda na Volta ao País Basco, contudo…); E de um Tom Pidcock, que parece poder fazer a corrida que quer na Ineos Grenadiers e ainda assim não sai da “sombra”… Estarão todos a pensar (apenas) nos Jogos Olímpicos? Seja como for, foi uma bela Volta a França, disso não haja dúvida. Não tivesse acontecido aquela malfadada queda coletiva na Volta ao País Basco há algumas semanas e a “conversa” teria sido outra, isso é certo… Agora venha a Volta a Portugal e a Vuelta, que este ano é mais “portuguesa”. Por fim, deixamos o vídeo de resumo do Tour que a própria organização colocou recentemente nas redes sociais. Vale a pena espreitar! ⚜️ From Florence to Nice ☀️💛 Relive the best moments of the historic #TDF2024! ⚜️ De Florence à Nice ☀️💛 Revivez les meilleurs moments d'un #TDF2024 historique ! pic.twitter.com/UYB4dNDhAm — Tour de France™ (@LeTour) July 22, 2024 Mais info: www.letour.fr Crédito imagem principal: Lusa – EPA – Guillaume Horcajuelo Créditos restantes imagens: Lusa – EPA
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