Remco Evenepoel não acedeu à pretensão do seu gregário de montanha Mikel Landa e não concedeu liberdade que o espanhol tinha requerido após a etapa de sexta-feira para atacar o quarto lugar de João Almeida.

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Ainda bem para o português, que o belga não abdicou de um plano para atacar Jonas Vingegaard, após as fraquezas que o dinamarquês na véspera, quando se limitou a seguir a roda do corredor da Soudal Quick-Step.

E Remco fez bem em não se resignar com a terceira posição da geral, muito boa na sua estreia no Tour, quando poderia alcançar a segunda. Revela ambição. Evenepoel tentou. Atacou uma vez e outra, mas não teve êxito e sofreu um contra-ataque do líder da Visma-Lease a Bike, e não conseguiu segui-lo e a Tadej Pogacar, perdendo, certamente, todas as possibilidades que ainda poderia levar para o contrarrelógio final, este domingo.

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O que fica desta descoberta do Tour pelo seu Melhor Jovem (de longe) é a superação das expectativas, das pessimistas e até das mais neutrais. Augurava-se-lhe que se afundaria na montanha e não aconteceu. Foi (de longe) o terceiro melhor deste Tour, e a vantagem para João Almeida confirma-o, apesar de o português ter estado preso a outras funções.

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No entanto, a estreia de Remco na Grande Boucle também mostrou que o corredor tem de continuar a evoluir na alta montanha, se ambicionar bater Pogacar ou Vingegaard com estes no auge das suas capacidades (e o dinamarquês nem sequer estava neste Tour).

Evenepoel tem de trabalhar, e muito, o seu ritmo em subida longas de montanha (a percentagens de inclinação entre 7-10%), para conseguir fazer a mudança de velocidade e sustê-la, o que se verificou nas duas últimas etapas que não é ainda capaz.


Créditos da imagem: LeTour Twitter – https://x.com/LeTour/status/1814671171142476017/photo/1

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