Tadej Pogacar já extrapolou tudo o que possamos esperar dele como corredor super ofensivo. O esloveno, o próprio, admite que não consegue controlar a ‘hiperatividade’, como afirmou, sem complexos, após a 17.ª etapa, esta quarta-feira, na qual voltou a fazer das suas, sem sequer encontrar explicação.

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Quando a jornada parecia desenrolar-se em toada moderada no grupo dos favoritos e que não haveria hostilidades entre os homens da classificação geral, na subida mais dura a equipa UAE Emirates, por João Almeida, controlava o ritmo, eis que Pogacar passa ao ataque.

O camisola amarela surpreende até os companheiros, incluindo o português, como este afirmou no final da corrida. Mas o seu líder é assim, nunca se contém e na fase final da subida fez uma aceleração brutal que deixou em dificuldades Jonas Vingegaard e Remco Evenepoel.

“Foi uma corrida muito dura, onde se gastou muita energia. Parecia uma corrida de juniores com 120 km. A Visma fez uma grande corrida, foram muito agressivos. Não tenho a certeza se me queriam testar ou stressar”, declarou Pogacar, que nem tentou justificar o seu ataque: “Às vezes não sei porque ataco… nem eu sei mais por que o faço!”

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“Creio que estava apenas a desfrutar da subida, íngreme e super bonita, e queria forçar para testar as pernas nesta terceira semana e ver se conseguia abrir espaços para os maus adversários ou algo do género…” Pois.

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No final, foi Evenepoel quem ganhou 10 segundos. Mas Vingegaard perdeu mais dois. “Sem os seus companheiros da Visma, Remco teria tirado ainda mais tempo ao Jonas e a mim”, reconheceu o incorrigível Pogacar, que desbarata força e energia. Tê-las-á para dar e vender. Vamos a ver até domingo.


Créditos da imagem: UAE Emirates Twitter –   https://x.com/TeamEmiratesUAE/status/1813652069972340998/photo/2

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