Remco Evenepoel estreou-se a ganhar com a camisola de campeão mundial de contrarrelógio, mas no final do dia, em Albufeira, teve de a trocar pela amarela de líder da classificação geral da 50.ª Volta ao Algarve, após a quarta etapa, uma corrida individual contra o tempo, de 22 quilómetros, se ter superiorizado claramente aos demais candidatos ao triunfo final na prova portuguesa.

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O belga da Soudal Quick-Step, penúltimo a sair para a estrada, marcou desde logo os melhores tempos nos dois pontos intermédios, antes de cortar a meta em 27.09 minutos, correspondentes a uma média de 48,619 km/h.

Só o também jovem norte-americano Magnus Sheffield conseguiu aproximar-se de Evenepoel, ficando a 16 segundos, à frente do suíço Stefan Küng (Groupama-FDJ), duas vezes campeão europeu (2020 e 2021) e vencedor do crono da ‘Algarvia’ em 2023, em terceiro, a 29 segundos.

No final da quarta etapa, Evenepoel trocou a camisola arco-íris pela amarela e, na véspera do final da corrida portuguesa, tem o segundo classificado na geral, Daniel Martínez (BORA-hansgrohe), a 47 segundos e o duo da Visma-Lease a Bike, o esloveno Jan Tratnik, terceiro a 1.12 minutos, e o belga Wout van Aert, quarto a 1.18.

Remco Evenepoel diz que teve melhores pernas do que os adversários no contrarrelógio, que lhe permitiu ser o mais rápido nos 22 quilómetros do percurso em Albufeira e conquistar a camisola amarela.

“É a minha primeira vitória com a camisola arco-íris. Estava muito motivado, porque havia muitos adversários fortes. Parece que tive melhores pernas do que toda a gente, por isso estou super orgulhoso do meu contrarrelógio. Muito feliz”, começou por declarar o novo camisola amarela da corrida portuguesa.

“Penso que temos uma equipa muito forte, já o demonstrámos na etapa do Alto da Foia. Penso que estamos preparados para defender [a liderança] amanhã [hoje] e quem sabe lutar por outra vitória de etapa e pela camisola amarela, obviamente», afirmou Evenepoel.

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“Já me sentia confiante com uma equipa muito forte em meu redor. Tenho colegas muito fortes, o que já me dá confiança e motivação extra. Penso que o resultado de hoje [sábado] prova ainda mais que estamos preparados para ir à luta amanhã [domingo], numa etapa dura», sublinha o belga, campeão mundial de contrarrelógio.

“Preciso primeiro de chegar ao risco de meta [na etapa que termina do Alto do Malhão], mas penso que seria um momento importante e honroso da minha vida e da minha carreira ser o primeiro [n.d.r., estrangeiro, igualando o português Belmiro Silva] a ganhar por três vezes. E seriam três vitórias [na geral] em três participações. Seria um início muito bom da minha época de 2024”, afirmou o corredor da Soudal Quick-Step, de 25 anos.

“Todos os ciclistas que ainda estão perto da camisola amarela são perigosos. Penso que o Daniel Martínez esteve bastante forte na quinta-feira [na Fóia]. Tentaremos novamente [ganhar]. Definitivamente, a BORA-hansgrohe e a Visma-Lease a Bike terão planos para a etapa de amanhã [domingo], mas temos de centrarmo-nos em nós e acreditar na nossa força”, reiterou Evenepoel.

“[Nunca esquecerá Portugal?] Nunca. Na última semana, tive uma vitória muito bonita [na Clássica da Figueira] e, se ganhar esta prova [Volta ao Algarve], terei vencido todas as corridas que disputei em Portugal. É um país com o qual tenho uma boa relação. Estou muito feliz com a minha prestação hoje e com o bom ‘feeling’ que tenho aqui [Portugal]”, concluiu.


Créditos da imagem: Volta ao Algarve Twitter – https://www.facebook.com/photo/?fbid=795774689247738&set=pb.100064456435993.-2207520000&locale=pt_PT

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