Rui Oliveira vai ter a oportunidade de lutar por vitórias ao sprint na Volta ao Algarve.

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Ainda sem vencer pela UAE Emirates, que representa desde 2019, o corredor, de 27 anos, revela que terá liberdade na equipa visar vitórias em etapas na corrida portuguesa, que arrancou esta quarta-feira.

“Vou ter a oportunidade de ser eu a sprintar nas duas chegadas para velocistas. Claro que estando sozinho, tenho de ser eu a desenrascar-me. Quando a oportunidade aparece, vou tentar aproveitá-la do modo que for e, se der para ganhar, obviamente vou tentar”, declarou Rui Oliveira à Lusa.

A primeira e terceira etapas da ‘Algarvia’ são propícias aos ciclistas mais rápidos, mas Rui Oliveira tem noção que, perante um pelotão recheado de figuras, “vai ser muito difícil” ganhar. “Estão puros sprinters, com ‘comboios’, e eu nos últimos quilómetros, de certeza, que vou estar eu mais ou menos por minha conta, porque trazemos outros atletas para a geral”, admitiu.

A época começou bem para o português da UAE Emirates, com dois lugares entre os 10 primeiros no AlUla Tour, ex-Saudi Tour, e foi nono na Clássica Comunidade Valenciana e participou no sábado na Clássica da Figueira (66.º lugar).

O corredor português regressa este ano à Volta a Itália, após 2022, depois de no ano passado ter participado pela terceira vez na Vuelta. “É diferente. Na Vuelta, apanha-se mais calor, gosto mais. Se bem que o Giro que fiz foi um dos mais quentes dos últimos anos. Passei mal porque tive bastantes problemas com alergias e problemas de selim. Não sei dizer qual gosto mais”, explicou.

“Os top 10 que fiz agora foi um pouco por acréscimo, mais a ajudar outros companheiros. Quero ver se este ano, pelo menos, uma corrida consigo vencer. E estar bem nas clássicas, estar bem no Giro. Estar bem nas clássicas para que haja uma possibilidade de vir a fazer os Jogos Olímpicos, porque essa também é uma das minhas prioridades. Sei que temos muitos atletas que podem ir, lá está, tenho de estar bem”, vincou.

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Oliveira está pré-selecionado para a Volta a Itália, tendo como tarefa “principalmente” ajudar o sprinter colombiano da equipa Juan Sebastián Molano, numa formação em que pontifica a ‘estrela’ Tadej Pogacar.

“Pogacar já queria fazer o Giro, pediu para eu estar com ele e, como também sou um ciclista que consegue ajudar noutro tipo de terrenos, também acho que será bom para o Tadej. O grupo do Giro vai estar bastante bom. Temos um grupo excelente, tanto ao sprint como para ajudar para a geral”, avaliou.

Rui Oliveira ainda não abdicou do sonho de estar na Volta a França. “Gostava de a fazer um dia, e sei que vai haver algum dia essa possibilidade. Portanto, claro que sonho com isso. Sei que há outros objetivos a curto prazo que quero cumprir e que isso chegará com naturalidade”, concluiu.


Créditos da imagem: Twitter Rui Oliveira – https://twitter.com/roliveira57/status/1627704380643328001/photo/4

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