A temporada de ciclocrosse começou oficialmente no fim de semana passado com a primeira prova da Taça do Mundo em Waterloo, nos Estados Unidos e apesar da extaórdinária vitória do jovem-prodígio em ascensão da disciplina, Thibau Nys, já se anseia pela entrada em cena das três figuras maiores, os denominados Big Three, Mathieu van der Poel (Alpecin-Deceuninck), Wout Van Aert (Jumbo-Visma) e Tom Pidcock (INEOS Granadiers).

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Nos últimos anos, tanto Van Aert, como Van der Poel, têm começado a temporada de ciclocrosse apenas em dezembro, enquanto Pidcock fá-lo um pouco mais cedo, em meados de novembro. Todavia, na época 2023/24, apesar de ainda nenhum elemento do trio-maravilha da disciplina ter anunciado a estreia, é de prever que arranquem todos em dezembro, ainda e sempre evitando defrontarem-se nas primeiras provas.

O grande objetivo da temporada de ciclocrosse para Van Aert, Van der Poel e Pidcock, será, salvo alguma indicação em contrário que possa surgir, o Campeonato do Mundo, que se realizará no dia 4 de fevereiro, em Tabor, na República Checa. O neerlandês e o britânico têm presença quase garantida, Van der Poel para defender o título, permanece em dúvida a participação do Van Aert.

O motivo da incerteza do belga prende-se, como noutros anos, com os condicionalismos (ou melhor, as prioridades) impostos pelo planeamento e o início de temporada de estrada.

De qualquer modo não será apenas o corredor da Jumbo-Visma a ter uma agenda apertada na próxima época desportiva, também os seus dois rivais têm de lidar com um ano com mais compromissos. Desde logo, a juntar aos costumeiros objetivos das clássicas da primavera, principalmente para Mathieu van der Poel, que certamente quererá repetir o triunfo de 2023 na Milão-Sanremo e na Paris-Roubaix e a não menos provável tentativa de recuperação do cetro da Volta a Flandres.

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De resto, também Tom Pidcock não descurará a preparação para algumas clássicas, principalmente as das Ardenas (Amstel, Flèche e Liège), e mais uma participação na Volta a França, onde é cada vez mais uma aposta da INEOS para a geral – se a equipa britânica não contratar nenhum grande líder este inverno.

Além destes objetivos em que podem não ser coincidentes, Van der Poel e Pidcock encontrar-se-ão, com toda a certeza, nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, com ambições no mountain bike (XCO) e algum ou ambos na corrida de estrada de fundo. Quanto a Van Aert, parece está cada vez mais seduzido pela Volta a Itália e poderá avançar para um programa do género: clássicas- Giro-Jogos Olímpicos (estrada, fundo e contrarrelógio).


Imagens INEOS Grenadiers, CX Worlds UCI e Exact Cross Twitter

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