Mais uma deceção para Wout Van Aert em mundiais de fundo… Mais: desde a vitória na Milão-Sanremo em 2020, o belga já chegou dez vezes ao pódio de um ‘monumento’ ou mundial, sem que tenha… vencido.

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Desta vez, apesar de muito trabalho da sua seleção, Van Aert foi batido inapelavelmente por Mathieu van der Poel e teve de se contentar com… mais um pódio, o 2º lugar…

“Estava na roda dele [Van der Poel] quando atacou e consegui segui-lo durante dez segundos, mas quebrei e ele foi embora. Tive a sensação de que todos pensávamos que o segundo lugar era o melhor lugar possível para nós”, Van Aert disse ao Sporza.

“Corremos muito bem como equipa. Tenho de agradecer aos meus companheiros por me terem posicionado bem. Não cometemos erros nessa área e saímos mais fortes”, reconheceu o corredor da Jumbo-Visma.

Sem alcançar o seu arquirrival do ciclocrosse, Van Aert impôs-se, no entanto, ao esloveno Tadej Pogacar (terceiro classificado) e ao dinamarquês Mads Pedersen (4.º), à imagem do que sucedeu nos Mundiais em Imola em 2020.

“No final, o segundo lugar era o único objetivo que me restava e lutei por ele. Então, quando reparei que Pedersen não estava muito confiante nas curvas com piso molhado, assumi a liderança na última subida, porque depois disso só restavam mais algumas curvas até à meta. Nessas curvas, distanciei-os alguns metros e consegui garantir meu segundo lugar”, explica.

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O belga afirmou ainda que os três perseguidores (ele, Pogacar e Pedersen) não sabiam da queda de Van der Poel a 16 quilómetros da chegada e aproveitou para fazer uma crítica.

“Porque é que temos de correr sem auricular? Não faz sentido. Somos profissionais e para nós é normal correr com comunicações via rádio. É estúpido não podermos fazer isso na corrida mais importante, os mundiais”.

Pogacar: “Não tive pernas para Van der Poel”

Por seu turno, o terceiro classificado é outro dos grandes corredores do ciclismo mundial que ainda não venceu o mundial: Tadej Pogacar. O esloveno, que se estreou nesta competição em 2019, também não conseguiu opor-se a Mathieu van der Poel, intocável no circuito de Glasgow, e a Wout Van Aert, que se escapou nos quilómetros finais para garantir o segundo lugar.

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De qualquer modo, Pogacar conseguiu levar a melhor sobre Mads Pedersen no sprint para conseguir uma muito recompensadora medalha de bronze, a sua primeira a nível mundial em todas as categorias.

“Dei tudo o que pude. Esta corrida foi super difícil, um dia muito difícil. Mathieu van der Poel teve mais força do que todos e eu simplesmente não tive pernas  para responder ao seu ataque. Ele foi super forte, tiro-lhe o chapéu. Merece este título de campeão do mundo”, concluiu o ciclista da UAE Emirates, com o fair play que o caracteriza.

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Imagens: Belgian Cycling Team Twitter

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